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"Temos que discutir com todas as forças políticas", diz Eudoro sobre escolha de Evandro
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

"Temos que discutir com todas as forças políticas", diz Eudoro sobre escolha de Evandro

À frente do MDB, o deputado federal e ex-senador Eunício Oliveira mantém posição semelhante
Eudoro Santana, de pé, ao lado do dirigente Carlos Siqueira e do senador Cid Gomes, todos do PSB



 (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS Eudoro Santana, de pé, ao lado do dirigente Carlos Siqueira e do senador Cid Gomes, todos do PSB

Uma das principais lideranças do PSB no Ceará, Eudoro Santana defendeu, em conversa com a coluna, que o nome de Evandro Leitão seja agora submetido ao debate com todos os atores políticos que compõem o arco de alianças do governador Elmano de Freitas (PT).

Questionado se o PSB teria primazia para indicar a vice do representante petista na corrida eleitoral, Eudoro respondeu que a discussão sobre o titular da chapa antecede ainda essa etapa.

“Temos que discutir primeiro a ‘cabeça’ com todas as forças políticas. Em seguida, tratar de vice”, disse o pessebista.

Para ele, contudo, Evandro – definido no último domingo (21) como pré-candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza – não terá dificuldade para passar pelo crivo dos aliados.

“Penso que (o nome) terá aceitação”, avaliou Eudoro, pai do ex-governador e hoje ministro da Educação, Camilo Santana, principal fiador da entrada de Evandro no PT e de sua candidatura ao Paço.

À frente do MDB, o deputado federal e ex-senador Eunício Oliveira mantém posição semelhante. Segundo o emedebista, o partido vai integrar os esforços para fazer de Evandro o nome não apenas do PT, mas do conjunto de legendas que dão solidez à base do Abolição.

“Vamos participar da campanha e do restante das definições”, avisou o deputado, descartando que o MDB pretenda oferecer alternativa ao petista para a sucessão do prefeito José Sarto (PDT), candidato à reeleição.

No PSB, porém, o entendimento é outro. A sigla tem apresentado disposição para pleitear a ponta da chapa, com sugestão de quadros já destacados pelo senador Cid Gomes.

Um deles, até recentemente, era a nº 2 do MEC, a ex-governadora Izolda Cela, que preservou o domicílio eleitoral em Sobral, ficando fora de qualquer cenário na capital cearense após o fim da janela partidária.

Cid, no entanto, sacou outro nome como opção: o da titular da Secretaria da Cultura do Estado (Secult-CE), Luísa Cela, filha de Izolda e de Veveu Arruda, ex-prefeito de Sobral.

Em mais de uma ocasião, o senador fez saber, por gestos e palavras, que não concorda com o acúmulo de poder nas mãos de um único partido – leia-se, do PT, que hoje detém o controle dos governos federal e estadual.

A depender dos sinais emitidos por Cid, o candidato do bloco aliancista não sairia do PT, mas de outro partido do grupo cidista/camilista no estado.

Essa tese, todavia, vem sendo contornada dentro do PT, seja com o silêncio público, seja com declarações enfáticas em contrário, dadas, por exemplo, por petistas como o deputado federal José Guimarães, que tem rebatido os argumentos de Cid.

Foto do Henrique Araújo

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