Em meio a impasse sobre vice, Cid prioriza articulação de chapas no Interior
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Em meio a impasse sobre vice, Cid prioriza articulação de chapas no Interior
Mesmo vencedor na queda de braço com o grupo do irmão Ciro Gomes, o ex-governador ainda se recupera do cisma de 2022
Foto: FERNANDA BARROS
Senador Cid Gomes (PSB)
Em meio a impasse sobre a vice de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza, o senador Cid Gomes tem priorizado as articulações para formação de chapas no interior do estado.
Filiado ao PSB, mas sem o controle efetivo do partido, o ex-pedetista se movimenta em dois tempos. Em 2024, tenta ampliar a base de prefeitos da legenda, fortalecendo o seu bloco e se cacifando para projetos futuros, que se completam num segundo movimento: a recomposição de seu capital político.
Mesmo vencedor na queda de braço com o grupo do irmão Ciro Gomes, o ex-governador ainda se recupera do cisma de 2022. Naquele ano, não custa lembrar, o senador manobrou para estacionar o PDT na base de Elmano e de Camilo, sem sucesso.
Pressionado entre trabalhistas e visto com desconfiança por petistas, ingressou no PSB com uma ala de gestores municipais mais fiéis e que procuravam a segurança de um abrigo governista.
Por enquanto, Cid tem dois objetivos complementares: reaver parte do poder decisório que tinha no Ceará e assegurar a vitória em Sobral – se possível, fazer do PSB uma máquina tão ou mais robusta do que o PT projeta se tornar.
Finalmente, caso tudo saia como o previsto no script, repactuar a relação com o Abolição e Camilo dentro de dois anos – se ainda houver interesse, mantém-se aliado. Do contrário, a ruptura poderia ser um caminho, e não propriamente novo.
É um filme já visto em 2010, quando o então governador se desentendeu com Tasso Jereissati, e 2012, quando o rompimento se deu com Luizianne Lins (PT), à época prefeita de Fortaleza. Nessa hipótese, uma reaproximação com o irmão estaria fora de cogitação? É cedo para dizer que sim ou que não.
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