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Tasso diz que "Evandro não tem nada de petista" e que "Camilo é coronel"
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Tasso diz que "Evandro não tem nada de petista" e que "Camilo é coronel"

De acordo com o tucano, "a candidatura natural do PT era de uma petista histórica, mais votada para deputada federal"
Ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) em participação no programa Debates do POVO (Foto: Reprodição/YouTube O POVO)
Foto: Reprodição/YouTube O POVO Ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) em participação no programa Debates do POVO

O ex-senador Tasso Jereissati (PSDB) afirmou nesta segunda-feira, 23, que o deputado estadual Evandro Leitão, candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, “não tem nada de petista”.

“Evandro não tem nada de petista, nem histórica, nem filosófica nem ideologicamente”, declarou em participação no programa Debates do Povo, da rádio O POVO CBN.

De acordo com o tucano, “a candidatura natural do PT era de uma petista histórica, mais votada para deputada federal”, e que, ainda conforme ele, “não foi à revelia de boa parte do PT”.

“Foi tirado um candidato do bolso do Camilo”, disse, acrescentando que Evandro “é a manifestação de uma nova hegemonia”.

Ainda no Debates do Povo, Tasso sustentou que o ministro Camilo Santana é um coronel que “deixaria Adauto (Bezerra) vermelho”, numa referência ao ex-governante do Ceará. 

“Se eu tivesse um irmão praticamente controlando toda a verba da Secretaria da Cultura, minha mulher secretária durante a campanha para senador, meu pai como presidente do partido aliado e tivesse minha secretária como senadora, colocada por mim, evidentemente que eu seria chamado, com razão, de coronel. O Adauto nunca teve coragem de fazer tanto”, comparou Tasso.

Em seguida, o ex-governador admitiu que o petista tem habilidades políticas e é articulado. Como exemplo, citou episódio no qual o ex-suplente de senador Chiquinho Feitosa, então dirigente tucano, acabou por afastar o partido da aliança que dava sustentação à candidatura de Roberto Cláudio (PDT) ao Governo em 2022.

“Camilo é uma criação política dos Ferreira Gomes”, continuou Tasso, “principalmente do Cid. Era inexpressivo, não tinha as condições necessárias para ser governador”.

Para o ex-senador, no entanto, a “criatura se voltou contra o criador”.

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