Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
A entrada do deputado federal Junior Mano no tabuleiro eleitoral de 2026 acirrou mais ainda a disputa pelas duas vagas para o Senado.
A preço de hoje, há quatro concorrentes: os também deputados federais José Guimarães (PT) e Eunício Oliveira (MDB), o suplente de senador Chiquinho Feitosa (Republicanos) e o senador Cid Gomes (PSB), cuja reeleição seria sacrificada em favor de Mano.
Inesperada, a pré-candidatura do parlamentar, até outro dia filiado ao PL de Jair Bolsonaro e André Fernandes, está por ser digerida na base do governador Elmano de Freitas (PT).
Uma liderança de um dos maiores partidos do arco de sustentação do Abolição, por exemplo, segredou: Mano não resistirá à investida jurídica que se anuncia para breve.
Um outro deu de ombros, duvidando do poder de fogo do senador: “Cid é mero filiado (ao PSB). Esse (partido) é do Camilo. Zoada não decide, deixa ele achar que manda”.
Do PT ao MDB, passando pelo Republicanos, a novidade provocou um tectonismo, seja pela falta de debate interno, seja porque o nome de Mano enfrenta fortes resistências entre aliados, sobretudo no Republicanos de Chiquinho.
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