Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.
Presidente em exercício da sigla, o deputado federal André Figueiredo tem adotado postura salomônica, sem desautorizar o "neogovernismo" dos vereadores
Foto: FÁBIO LIMA
CARLOS Lupi articula com pedetistas do Ceará
O PDT está às voltas com mais impasses do que apenas a gestão do discurso de Roberto Cláudio, que modulou suas palavras desde o fim do governo de José Sarto, deslocando a crítica do âmbito da economia/finanças para o da segurança.
Afinal, como fica a bancada da legenda na Assembleia Legislativa: base ou oposição? E os vereadores na Câmara de Fortaleza: base ou oposição?
A preço de hoje, a agremiação tenta se equilibrar, concedendo uma licença informal para que RC siga explorando os pontos fracos do Abolição de olho no próximo pleito, quando não se sabe ele sairá candidato ao Executivo ou a deputado.
Presidente em exercício da sigla, o deputado federal André Figueiredo tem adotado postura salomônica, sem desautorizar o “neogovernismo” dos vereadores mais afoitos, tampouco silenciar as vozes oposicionistas renitentes.
Ele mesmo, aliás, declarou-se pró-Evandro Leitão (PT) na campanha de 2024, assim como Carlos Lupi, enquanto RC gastou sola de sapato para pedir voto para André Fernandes, candidato do bolsonarismo na Capital.
A dúvida é sobre até quando esse impasse no PDT pode se manter, ou seja, com RC puxando coro anti-PT e a dupla Figueiredo/Lupi tentando aproximar o trabalhismo da base.
Trata-se de problema difícil de equacionar, embora Lupi tente fazer crer que tudo se resolve com uma conversa.
Não é o que se vê na conduta do ex-prefeito de Fortaleza, considerado pelo ministro da Previdência como o melhor da história da cidade.
Desde 2022, quando o bloco aliado rompeu, RC vem dando mostras de que se sente à vontade no papel de opositor, do qual não deve abrir mão.
A proximidade do ano eleitoral deve pressionar os atores políticos a baterem o martelo. Afinal, se pretende se candidatar de fato, RC precisará de legenda.
Ele poderá ser candidato ao Governo pelo PDT?
Das duas, uma: ou o partido lhe nega a oportunidade de postular a sucessão de Elmano, ou convence RC a desistir do Executivo e entrar na briga por vaga na Câmara.
Política como cenário. Políticos como personagens. Jornalismo como palco. Na minha coluna tudo isso está em movimento. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.