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Fortaleza é rebaixada no ranking de Capacidade de Pagamento de B para C
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Fortaleza é rebaixada no ranking de Capacidade de Pagamento de B para C

Agora com Capag C, a gestão ficará impedida de realizar uma série de operações, como contratação de empréstimo
Evandro Leitão e José Sarto no Paço Municipal durante processo de transição de gestões  (Foto: Fabio Lima)
Foto: Fabio Lima Evandro Leitão e José Sarto no Paço Municipal durante processo de transição de gestões

A Prefeitura de Fortaleza foi rebaixada no ranking de Capacidade de Pagamento (Capag) do Tesouro Nacional, passando do conceito B para o C em relação à saúde fiscal do município no que diz respeito ao ano de 2024.

O recuo da nota foi registrado na última sexta-feira, 21.

Agora com Capag C, a gestão ficará impedida de realizar uma série de operações, como contratação de empréstimo, o que deve comprometer ainda mais as contas públicas.

O decréscimo tem impacto direto nas ações do governo de Evandro Leitão (PT), que pode ter de adiar projetos importantes previstos para a primeira metade do mandato.

Um exemplo é a construção de novos Cucas, uma das promessas de campanha do então candidato petista, mas também iniciativas no âmbito da saúde, como o Espaço Girassol, cujo modelo foi apresentado a representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no início de fevereiro pela primeira-dama de Fortaleza, Cristiane Leitão.

Em meio a uma série de críticas no começo do ano ao antecessor no cargo, José Sarto (PDT), Evandro já havia alertado que a nota de Fortaleza poderia cair, comprometendo medidas da Prefeitura.

Em coletiva de imprensa à época, o gestor chegou a dizer que faria o que seria “possível para que isso não ocorra”, mas que, na hipótese de redução de B para C, isso acarretaria “uma série de problemas”.

Um exemplo dado pelo prefeito foi “dificuldade de contrair operações de crédito” e até mesmo de “receber recursos oriundos do governo federal”.

A avaliação da Capag é feita periodicamente, levando em consideração métricas específicas, tais como endividamento e liquidez relativa, e histórico fiscal do município.

Foto do Henrique Araújo

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