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Lula demite uma mulher sempre que precisa atender ao centrão
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Henrique Araújo é jornalista e doutorando em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com mestrado em Sociologia (UFC) e em Literatura Comparada (UFC). Cronista do O POVO, escreve às quartas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades, editor-adjunto de Política e repórter especial. Mantém uma coluna sobre bastidores da política publicada às segundas, quintas e sextas-feiras.

Lula demite uma mulher sempre que precisa atender ao centrão

Com uma base volátil, o chefe do Planalto tem feito ajustes na equipe, de modo a contemplar as forças políticas que lhe dão sustentação
Presidente Lula ao lado da agora ex-ministra Nísia Trindade (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil Presidente Lula ao lado da agora ex-ministra Nísia Trindade

O presidente Lula demitiu até agora três ministras no curso de seu terceiro mandato: Nísia Trindade (ex-Saúde), Daniela Carneiro (ex-Turismo) e Ana Moser (ex-Esportes), todas pelo mesmo motivo, direta ou indiretamente: pressão do centrão.

Com uma base volátil, o chefe do Planalto tem feito ajustes na equipe, de modo a contemplar as forças políticas que lhe dão sustentação. Quase sempre, porém, a cota de sacrifício recai sobre uma pasta comandada por mulher.

A mais recente foi Nísia. Embora sua atuação fosse alvo de críticas dentro e fora do governo, a gestora era considerada como quadro técnico, ou seja, não era indicação de qualquer legenda.

Para seu lugar, o nome escolhido foi Alexandre Padilha, que deixa a Secretaria de Relações Institucionais após acumular desgaste com o ex-presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).

Lula montou seu primeiro escalão com o maior percentual feminino no comando de ministérios – quase 30%, ou 11 ministras. De lá para cá, esse numero foi caindo, até chegar aos 9 de um total de 38 postos.

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