Logo O POVO+
Desafios para os novos gestores de Iguatu
Foto de Honório Bezerra Barbosa
clique para exibir bio do colunista

Jornalista e bacharel em Comunicação Social e Direito

Desafios para os novos gestores de Iguatu

Iguatu tem um dos maiores lixões do interior cearense, às margens de uma rodovia estadual, saturado há pelo menos 15 anos. Uma rampa que recebe por dia cerca de 200 toneladas de lixo
Tipo Opinião
Honório Bezerra Barbosa. Jornalista e bacharel em Direito. (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Honório Bezerra Barbosa. Jornalista e bacharel em Direito.

A cidade de Iguatu, polo da região Centro-Sul cearense, apresenta pelo menos três importantes desafios que precisam ser enfrentados de forma técnica e política pelo novo gestor municipal a partir de janeiro de 2025: saneamento básico, deficiência do hospital polo regional e déficit habitacional.

Esse trio temático exige dos candidatos a apresentação de saídas técnicas para essas questões que se relacionam com a vida de todos os moradores.

Iguatu obteve um financiamento aprovado pelo Senado Federal na ordem de R$ 250 milhões iniciais e mais um aditivo de R$ 50 milhões para implantação de obras de qualificação urbana e saneamento básico. A instituição financiadora é Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF).

O consórcio contratado realiza há dois anos obras de infraestrutura na rodovia de contorno e executa a reconstrução de um canal de águas pluviais, no bairro Flores.

Mas até hoje nenhum metro linear de rede de esgotamento foi construído, o que seria o objetivo do financiamento internacional. A viabilidade do projeto é amparada na cobrança futura da taxa de esgoto para que os cofres municipais possam ter receita para o pagamento do empréstimo internacional vultuoso.

Iguatu tem um dos maiores lixões do interior cearense, às margens de uma rodovia estadual, saturado há pelo menos 15 anos. A rampa recebe por dia cerca de 200 toneladas de lixo. A solução exige a efetividade do Plano de Coletas Seletivas Múltiplas, a política de pré-aterro. Há formado o Consórcio Regional de Resíduos Sólidos, que se arrasta com dificuldades, e parece ser desconhecido pelos candidatos à Prefeitura.

A deficiência de atendimento e limitações clínicas do Hospital Regional de Iguatu, uma unidade polo, gerida pelo município, mas que atende a outras nove cidades, é sentida e conhecida por todos - moradores e políticos. Esforços anteriores para estadualização do hospital ou aporte de maior receita por parte do Estado foram em vão.

Por último, Iguatu tem déficit de 10 mil unidades habitacionais e cerca de 80 famílias vivendo em barracas, em quatro áreas de ocupação, há dez anos. Como enfrentar esses problemas? Os eleitores aguardam as propostas concretas dos atuais candidatos ao cargo majoritário.

 

Foto do Honório Bezerra Barbosa

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?