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A briga que começou no Iguatu e deve ser levada à Assembleia
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Jornalista e bacharel em Comunicação Social e Direito

A briga que começou no Iguatu e deve ser levada à Assembleia

Três semanas após o pleito eleitoral, os deputados estaduais iguatuenses – Agenor Neto (MDB), pai do candidato derrotado, Ilo Neto (PT) e Marcos Sobreira (PDT), trocam farpas nas redes sociais e emissoras de rádio. A briga deve ser levada à Assembleia As agressões verbais e troca de acusações entre ambos parlamentares devem chegar nesta próxima semana ao plenário da Assembleia Legislativa com maior intensidade,
Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) inicia reforma no Plenário 13 de Maio após incêndio
 (Foto: Guilherme Gonsalves/O POVO)
Foto: Guilherme Gonsalves/O POVO Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) inicia reforma no Plenário 13 de Maio após incêndio

Em via de regra, as eleições municipais são marcadas por tensão, acusações e até agressões verbais entre os candidatos e outras lideranças políticas. No sertão, esse quadro é histórico, mas passado o pleito, ocorre calmaria – num clima de comemoração de quem ganhou e reserva de quem perdeu.

Neste ano, em Iguatu, cidade polo da região Centro-Sul cearense, não foi diferente os dois postulantes – Ilo Neto (PT), derrotado, e Roberto Filho (PSDB), vitorioso.

A novidade, entretanto, é que três semanas após o pleito eleitoral vem ocorrendo troca de farpas entre os deputados estaduais iguatuenses – Agenor Neto (MDB), pai do candidato derrotado, Ilo Neto (PT) e Marcos Sobreira (PDT), nas redes sociais e emissoras de rádio.

As agressões verbais e troca de acusações entre ambos parlamentares devem chegar nesta próxima semana ao plenário da Assembleia Legislativa com maior intensidade, conforme promete os parlamentares em conflito.

Os dois deputados estaduais gravaram vídeos, postaram em suas redes sociais que obtiveram visualizações intensas nesta cidade. Por aqui, é o assunto dos últimos dias, em meio a expectativa de desfecho ou continuidade.

A razão de fundo são as eleições municipais recentes. Marcos Sobreira (PDT) desistiu do apoio ao candidato Sá Vilarouca (PSB), menos de um mês para a campanha, e passou a apoiar o candidato Roberto Filho (PSDB), que foi eleito com cerca de dois mil votos de maioria sobre o candidato Ilo Neto (PT), filho do deputado Agenor Neto (MDB).

A saída de Marcos Sobreira (PDT) da campanha do PSB contribuiu para o seu esvaziamento eleitoral, transferindo votos para Roberto Filho (PSDB). Além do apoio da família Sobreira, Roberto Filho também recebeu os votos do grupo político do prefeito atual (já reeleito), Ednaldo Lavor (PSD), que fez com que o seu candidato, Rafael Gadelha (PSD) desistisse da campanha.

A desistência de Marcos Sobreira (PDT) no apoio ao candidato Sá Vilarouca (PSB) e a retirada da candidatura de situação asseguram, sem dúvida, a vitória de Roberto Filho, em uma disputa que passou a ser polarizada.

Vamos entender um pouco da troca de farpas e acusações entre os dois deputados estaduais: “Estou pronto e preparado para qualquer denúncia sua, como também estou preparado para fazer denúncia contra você e seu tio”, pontuou Agenor Neto. “Já que ele (Marcos Sobreira) insiste em mim atacar, estou pronto para responder a todos os seus ataques e quero dizer que a sua angústia, o seu medo é das próximas eleições é por tudo que você fez”.

Na mesma postagem, Agenor Neto (MDB) inseriu pronunciamento do ministro Camilo Santana (PT) e do então candidato Sá Vilarouca (PSB) com acusações de que Marcos Sobreira (PDT) “traiu o candidato Dr. Sá (PSB)”, por abandonar a campanha” e ainda teria “vendido pesquisas ao governo por empresa em nome de terceiro, que lhe favoreceria financeiramente”.

Usando as suas redes sociais, Marcos Sobreira disse que “Agenor Neto tem ficha criminal por vários processos” e que “vamos discutir tudo na Tribuna da Assembleia, na próxima semana, quem colocou emendas para cada município e denúncias de outras construtoras contra a sua construtora (Agenor Neto)”. Sobreira ainda comparou: “Coloquei emendas para Iguatu durante todo o meu mandado, mas Agenor, só neste ano”.

Quem atirou a primeira pedra nessa guerra de versões digitais? O certo é que o clima entre os dois parlamentares esquentou de vez e se essa tensão permanecer haverá novos desdobramentos e revelações na Assembleia Legislativa, conforme os dois parlamentares prometem.

E neste dia em que se celebra Finados, o bom seria que cada um dos dois parlamentares trabalhassem por Iguatu, independente de quem seja o prefeito (o atual e o eleito assistem tudo à distância) a principal base eleitoral de ambos, e, claro, para o Ceará, cumprindo o papel que o eleitor lhes confiou, antes que morram politicamente.

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