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Jornalista e bacharel em Comunicação Social e Direito
Jornalista e bacharel em Comunicação Social e Direito
Em pleno ritmo de campanha eleitoral municipal, às vésperas das eleições, de outubro de 2024, o governador Elmano de Freitas visitou a cidade de Iguatu e assinou, no saguão do aeroporto Tomé da Frota, decreto de desapropriação de um imóvel para a futura construção de um hospital regional do Estado, aos moldes de outras unidades, em Sobral, Juazeiro do Norte, Quixeramobim e Limoeiro do Norte.
O Hospital Regional de Iguatu (HRI), construído em 1992, com recursos estaduais, é mantido pelo município sede, mas atende à população de dez cidades da região Centro-Sul cearense e está caracterizado como hospital polo. Assiste somente na emergência cerca de 11 mil pacientes, por mês.
A unidade recebe mensalmente cerca de R$ 900 mil, oriundos do governo federal para custeio de clínicas de média e alta complexidade; do governo estadual são repassados por mês em torno de R$ 950 mil e a Prefeitura aporta, com enormes dificuldades, pelo menos R$ 1 (um) milhão a cada mês.
Todos esses repasses são insuficientes para cobrir as despesas do HRI (folha de pagamento, insumos). A salvação, digamos assim, a cada ano, decorre do aporte de emendas parlamentares. Somente em 2024 houve incremento de R$ 28 milhões de recursos oriundos da boa vontade de deputados federais e senadores. Fica evidente, portanto, que é preciso o gestor municipal, está correndo atrás de líderes políticos, com o pires na mão em busca de socorro.
Ao longo dos anos, o HRI enfrentou períodos de escassez de medicamentos, de profissionais, de oferta de exames, que oscilaram em meses de melhoria, mas sempre os tempos de dificuldades foram bem mais extensos.
Nos últimos oito anos, por exemplo, ocorreu praticamente um descaso com o HRI. E quem paga essa conta? A população de baixa renda que fica sem assistência de qualidade, e mesmo casos um pouco graves são transferidos às pressas, e em alguns deles resultando em óbito.
O quadro mostra que não há como esperar seis anos ou mais até que a obra anunciada pelo governador saia um dia do papel e comece a funcionar. Até esse dia chegar, o governo do Estado precisa olhar para o HRI e dá um incremento mensal de recursos financeiros.
Recentemente, foi inaugurada nova unidade de emergência e a gestão atual melhorou substancialmente o atendimento no HRI. O município concretizou um gesto, que é preciso ser reconhecido e apoiado pelo governador. Afinal, são mais de 500 mil pessoas da região que precisam de atendimento no HRI.
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