
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Não há vitória maior ao futebol feminino brasileiro que receber a Copa do Mundo de 2027 em casa. O triunfo da candidatura brasileira tem muitos méritos e devem ser celebrados e honrados neste primeiro momento, mas, até a chegada da data do evento, a escolha das associações-membro da Fifa deve servir como um impulsionador da modalidade no País, e não somente como um fato a ser exaltado.
Nos últimos anos, o futebol feminino tem crescido e se mostrado mais superior que outrora no Brasil. O número de campeonatos aumentou, bem como o de times para disputa dos torneios — ainda que isso tenha sido impulsionado pela obrigação imposta pela CBF de que times da Primeira Divisão do futebol masculino precisam ter também um time feminino. Mas ainda há muito a avançar.
Conhecido como país do futebol, o Brasil ainda peca em aspectos básicos com o futebol feminino. No final do ano passado, por exemplo, foi exposto que o Atlético-MG sequer ofertava toalhas para suas jogadoras, e essa não foi a primeira e nem a última vez que um grande time de Série A do masculino é denunciado por ofertar pouca estrutura para as suas jogadoras.
Além disso, as condições contratuais entre clubes e jogadoras também entram em um campo nublado, pois muitos times terceirizam os contratos para não ter de lidar com o que veem como "burocracias trabalhistas", o que faz com que muitas atletas tenham que aceitar certas baixas condições por ser "melhor que nada". A casa precisa ser arrumada.
Caso isso não ocorra, a realização do Mundial em terra tupiniquim será, para as jogadoras brasileiras, como ver um grande banquete ser servido enquanto o anfitrião se alimenta apenas de ervilhas.
E falando em arrumar a casa, quem precisa se arranjar melhor no Brasileirão Feminino A2 de 2024 é o Fortaleza, especialmente jogando fora da sua. Isso porque enquanto como mandante a equipe das Leoas possui 16 gols marcados em três jogos, com três vitórias e somente um gol tomado, fora dos seus domínios o grupo ainda não venceu no certame nacional.
Ao todo, três jogos foram realizados tendo o time como visitante e foram três derrotas: diante de Sport, JC Amazonas e Instituto 3B, com cinco gols tomados e somente um marcado. Os baixos números colocam a classificação em risco, já que, na 4ª colocação, o Fortaleza agora poderá ser superado por Remo-PA e até pelo Usa, que é justamente o seu próximo adversário. Para a sorte da equipe e dos supersticiosos, a partida, que ocorrerá no próximo sábado, 25, às 15 horas, será realizada no CT Ribamar Bezerra.
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