
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
A vida de todo ser humano é norteado em tomar decisões e fazer renúncias. Para as mulheres, por muitos anos, essas escolhas eram limitadas, mas o avanço do mundo e da sociedade fez com que isso, pouco a pouco, mudasse. Hoje, já podemos escolher nossas carreiras — ainda que tenhamos que muitas vezes lutar por elas — e como ou com quem queremos viver nossas vidas, mas ainda há barreiras invisíveis em nossa humanidade, que nos impede de viver com plenitude tudo que muitas vezes queremos. E uma dessas barreiras é a de gerir ou criar uma vida.
De maneira contraditória, a mesma sociedade que hoje incentiva que a mulher trabalhe quer que essa mulher tenha filhos, de preferência entre os 20 e 30 anos, mas não molda o mercado de trabalho a ser receptivo com mães. O resultado disso é um destino muitas vezes desencontrado para as mulheres.
Em pleno 2024, entretanto, o mundo não deveria ser moldado para que elas tenham que escolher entre suas carreiras ou a vontade de ser mãe e foi com esse pensamento que a Fifa deu um importante passo nessa pauta ao ordenar o direito à licença-maternidade para jogadoras e treinadoras. Afinal, dar a mulher o espaço para jogar bola torna importante que ela tenham direito de viver o que bem entender — e isso inclui ter um filho se ela assim tiver vontade — sem que isso atrapalhe os seus sonhos profissionais.
Mais importante do que a ordem da Fifa, entretanto, é que as instituições futebolísticas como clubes e federações não vejam isso como um empecilho como boa parte do mercado trabalhista e percebam que precisam ser receptivos com profissionais que são mães. Ter uma profissional se sentindo completa com a escolha de criar uma vida é ter uma profissional feliz, e profissional feliz trabalha melhor do que a frustrada, trabalha até mais equilibrada como salientou Alex Morgan.
A estrela da seleção estadunidense disse em uma entrevista ao jornal People que se sente bem por não abrir mão do desejo de ter filho e continuar fazendo o que ama. "(A maternidade) me faz sentir mais equilibrada. Posso dar tudo pelo esporte e pelas minhas equipes, mas quando vou para casa não fico pensando se fiz um jogo ruim. Eu só tenho que ser mãe e atender às necessidades da minha filha", explicou ela. E se uma estrela como ela se sente assim, quem é capaz de discordar que é possível jogar bola e gerar bem uma vida?
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