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O que faltou ao Fortaleza no 1° jogo das quartas do Brasileirão Feminino A2
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Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil

Iara Costa esportes

O que faltou ao Fortaleza no 1° jogo das quartas do Brasileirão Feminino A2

Presença de torcida teria sido determinante para empurrar Leoas frente a um adversário impositivo. Pouca criatividade no meio de campo também fez diferença no revés em 1 a 0 no CT Ribamar Bezerra
Tipo Opinião
Tricolor perdeu em casa (Foto: João Moura/Fortaleza EC)
Foto: João Moura/Fortaleza EC Tricolor perdeu em casa

Por mais um ano, o Fortaleza começa a busca pelo acesso à Série A1 do Brasileirão Feminino batendo na trave. No final de semana, a equipe comandada pelo técnico Erandir foi superada em 1 a 0, no jogo de ida das quartas de final do Brasileirão A2, por um impositivo Juventude, no CT Ribamar Bezerra, o que dificulta a luta por uma vaga entre os quatro times selecionados para a elite da modalidade em 2025.

Em casa, até então, as Leoas ainda não tinham perdido. Eram quatro jogos e quatro vitórias, ainda que algumas delas tenham sido suadas, como contra Remo e Uda-AL. Para o duelo contra o Juventude, a equipe chegou com alguns desfalques que fizeram falta, como a volante Vick Moura e a camisa 10, Flávia Pissaia, mas outros fatores foram determinantes para o revés.

Talvez, o mais destacável tenha sido a falta de criatividade no meio de campo. Com as baixas, o treinador tricolor teve um time que demonstrava pouco dinamismo, apostando, diante de um adversário forte, poucas jogadas além do toque final para a camisa 9, Bea, que estava muito bem marcada entre duas defensoras do Jaconero.

A demora em visualizar e modificar isso fez com que as Leoas só viessem a melhorar em parte do segundo tempo, mas o time, cansado, nem teve tantos minutos para se animar no jogo até que a camisa 11, Thalita, marcasse o tento para o grupo gaúcho.

Em jogos deste peso, não tem como não falar como poderia ter sido diferente caso a CBF não tivesse marcado o embate para um horário tão similar ao jogo do time masculino (apenas uma hora de diferença entre uma partida e outra).

A presença da torcida tricolor, que faz uma das festas mais bonita do Brasil nos últimos anos, em uma partida realizada em um estádio, teria sido combustível para que as jogadoras se doassem mais em campo, para que as adversárias fossem pressionadas. Não havia como chegar perto disso nem se as famílias das atletas quisessem se fazer presentes, já que não é permitida a presença de público em jogos realizados em centros de treinamento.

Agora, em um estádio Alfredo Jaconi que deve receber algum público, o Fortaleza terá que ir em busca de múltiplos milagres na próxima segunda-feira, 8, às 19 horas, na partida de volta: a primeira vitória no torneio fora de casa, a primeira virada por uma classificação na Série A2 do Brasileirão Feminino.

Mas a esperança é a última que morre, pois como diz o hino do clube: tua glória é lutar e vencer também. E é somente lutando e vencendo que as Leoas terão a capacidade de alcançar o inédito e agora tão pouco palpável acesso.

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