
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Pelo quinto ano consecutivo, o Fortaleza deu adeus ao Brasileirão Feminino A2 no mata-mata. O Tricolor do Pici foi superado dentro e fora de casa pelo Juventude e, com o revés de 1 a 0 e o empate 2 a 2, respectivamente, está fora do certame nacional às portas do acesso à elite.
É sempre lamentável acompanhar derrocadas de equipes femininas cearenses, mas a desclassificação das Leoas, apesar de lastimável, foi previsível. Em uma campanha com nove partidas disputadas, quatro vitórias, um empate, quatro derrotas, 23 gols marcados e 12 gols tomados, o time não fez qualquer jogo convincente.
As más atuações ocorreram, principalmente, fora de casa, onde as Leoas pouco demonstraram. E mesmo dentro de casa, onde contabilizou quatro vitórias e uma derrota, alguns dos triunfos foram suados, muito mais que em outras campanhas das Leoas no histórico geral da competição.
Não há de se dizer que o problema passa pelo investimento. Apesar de R$ 1,2 milhão ainda não ser o ideal, em um clube com o orçamento de R$ 258 milhões, o valor é maior que em outros anos, quando as Leoas se apresentaram melhor.
Talvez o principal problema seja a pouca noção do clube do avanço da modalidade no Brasil. Cada vez mais o futebol feminino cresce e isso torna os campeonatos mais disputados. Quem não evolui junto, com projeto robusto, vai seguir estacionado e estagnado. Ao que parece, o que falta ao Fortaleza é realmente um projeto que pense no longo prazo ao invés de trocar de treinador — e de filosofias de jogo — a cada temporada.
Se o time quer evoluir no cenário nacional, precisa pensar numa busca aguerrida por acesso, e não só pelos típicos resultados de campo. É preciso se questionar: qual estilo de jogo quer empregar? Quais os melhores profissionais — dentro e fora de campo — aptos a isso no mercado? São essas as perguntas que o Tricolor do Pici terá de fazer quanto traçar as metas para 2025.
Caso contrário, a modalidade seguirá estagnada esperando por um acesso que vai se tornar cada vez mais inexequível, à medida que o futebol feminino vai se potencializando no Brasil. E como uma modalidade em ascensão no mundo, só quem tem a perder com isso é o Fortaleza Esporte Clube com sua imagem de clube bem gerido.
Afinal, será que uma boa gestão não teria que, nos próximos anos, realmente se importar como as outras modalidade que carregam as cores do time? Fica a reflexão.
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