
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
No futebol, os acréscimos são capazes de mudar tudo. Apesar de ser só um tempo de compensação ao que se perde com momentos de paralisação, é neles que, em geral, times com as desvantagens se desdobram em busca de uma virada, como se fosse o último respiro que não tiveram durante 90 minutos.
Nesse enredo, é dentro de tal tempo em que a equipe dominante deve se multiplicar para impedir empecilhos. Caso contrário, uma classificação bem encaminhada pode tomar rumos de desnecessária emoção, como ocorreu com a seleção feminina de futebol, nas Olimpíadas de Paris-2024, ao praticamente deixar que o Japão gostasse do jogo nos acréscimos a ponto de conquistar uma virada por 2 a 1, no último final de semana.
Agora, o Brasil, que teria uma classificação encaminhada e poderia jogar com mais tranquilidade o duelo de maior dificuldade da chave, contra a Espanha, terá pela frente uma partida já difícil de praxe, e não pode se dar ao luxo de errar mais.
Caso contrário, ainda que os melhores terceiros colocados das chaves se classifiquem para a próxima fase das Olimpíadas, se colocará em uma caminho difícil na busca por medalhas ao esbarrar com os melhores oponentes (a França até pode ser uma delas).
E o pior da virada tomada nem foi o revés em si, ou o cenário que o resultado colocou o Brasil, mas a situação em que ocorreu. O Brasil já havia lidado, contra a Nigéria, com um time reativo e escolheu fortalecer novamente esse enredo de partida contra o Japão, ainda que tenha entrado em campo com um sistema tático diferente.
Com as mudanças durante o embate e saída da Marta — que, acentue-se, tem feito uma excelente Olimpíada —, o time ficou ainda mais lento, inoperante do meio de campo, principalmente com a entrada da Kerolin, que, como de se esperar, está sem ritmo de jogo.
Esse tipo de erro não deveria estar sendo cometido por Arthur Elias. Não neste momento. Apesar de claramente ter mais vontade, a equipe não pode mais pecar pelo básico como ocorreu.
Caso a persistência no pior seja mantida, a oportunidade que ele tanto prezou em construir a redenção do futebol feminino e, por consequência, da Marta pode escapar pelas mãos e custar bem mais caro a todos da modalidade do que o treinador sequer ousa calcular.
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