Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O mundo se despediu das Olimpíadas de Paris-2024 no último final de semana, após dias de intensas disputas, grandes histórias de superação e pódios. O Brasil, ainda que não tenha ultrapassado o número de medalhas de Tóquio-2020, viveu um crescimento notável de mulheres medalhistas. Elas foram maioria entre os primeiros colocados do Time Brasil.
O crescimento no número de competidoras entre as melhores do mundo mostra a importância na aposta e no investimento feminino no meio esportivo. Se, por anos, elas foram — e ainda são, de certo modo — boicotadas nesse universo, as conquistas de Rebeca Andrade, Bia Souza, Tatiana Weston-Webb, Rayssa Leal e tantas outras mostram que a resistência tem gosto de ouro, prata e bronze. E, claro, isso também se estende ao futebol feminino.
Mesmo vivendo anos de proibição, boicote e descuido de algumas entidades, como a própria CBF, o futebol feminino do Brasil soma três pratas em Jogos Olímpicos.
A última, conquistada após derrota contra os Estados Unidos, talvez tenha tido um gosto agridoce para alguns, mas porque nossas jogadoras mostraram que são capazes de muito. E talvez a história até teria sido diferente se não fosse a arbitragem, tão favorável, de maneira desnecessária, para as já capacitadas norte-americanas.
De todo modo, o grupo comandado por Arthur Elias demonstrou capacidade de recuperação, mudança e evolução. Um grupo que, comandado por Marta, a maior da história da modalidade, já deixou claro do que pode e que pode muito brigar por um lugar ao sol.
Chegar com esse cenário ao tempo em que Marta vai se aposentar e a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será sediada no Brasil, se aproxima é primordial. É ter esperança realmente florescida no futuro. Coisa que por muitos e muitos anos não tivemos.
Agora resta que Governos Estaduais e Federal, entidades governamentais, assim como a CBF, enxerguem o potencial do legado das Olimpíadas de Paris-2024. Que todos vejam que é, de fato, a hora das mulheres no esporte, no futebol, e fomentem isso.
Para que, em 2027, todos possam colher um legado ainda maior no Mundial, para que ele não seja só um evento que passou, mas para que a disputa seja, de fato, um momento de colher bons frutos. As sementes já mostraram que são boas.
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