Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Por mais um ano — o quinto consecutivo —, o Corinthians se consagrou o melhor time de futebol feminino do Brasil ao levar o título da Série A1 do Brasileirão Feminino. O troféu, conquistado pela sexta vez pela equipe paulista, foi erguido, na Neo Química Arena, frente a 44.529 torcedores, que viram as Brabas superarem o São Paulo por 2 a 0, com gols marcados por Jaque Ribeiro e Carol Nogueira.
A alta presença de público foi uma renovação do recorde que já era de autoria da torcida corintiana, que havia colocado 42.566 pessoas no estádio em jogo válido pelo Brasileirão em 2023. No último final de semana, em partida de volta da final do Brasileirão Feminino de 2024, o novo recorde ajudou o time ainda a alcançar a maior renda bruta de um jogo de futebol feminino de clubes do Brasil, com a quantia de R$ 974.416,30. Foram 44.136 pagantes e apenas 393 gratuidades.
Os números mostram dois clichês a se apontar: o de que há pessoas, sim, interessadas em futebol feminino e que o Corinthians tem se tornado uma equipe cada vez mais fora de série na modalidade. Por méritos próprios, mesmo com mudanças significativas com a saída de grandes jogadoras para o exterior e a ida de Arthur Elias para a seleção brasileira, as Brabas conseguem se manter no topo, o que é digno de exaltação ao projeto.
Hoje, o Corinthians é citado como exemplo de norte a sul do país, como um campeão fora da curva até mesmo dentro do continente. Mas, olhando um pouco por outro prisma, o que, de fato, outros clubes brasileiros têm feito para alcançá-lo? Além do Palmeiras, que tem um bom time, ainda que um projeto por vezes oscilante, qual outra equipe fora inclusive fora do eixo sul-sudeste tem se destacado por fazer muito?
Obviamente, não devemos excluir o fato de que a marca Corinthians acaba tendo mais potência para arrecadar fundos e patrocinadores com os próprios louros, e, por consequência, mais dinheiro para investir melhor em base e busca por títulos. Mas será mesmo que o Timão é super-inalcançável ou simplesmente os outros clubes não têm feito um esforço para chegar a qualquer patamar com o time feminino, para que assim a modalidade seja sempre um "quase"?
Para alguns dirigentes, é até mais confortável que a categoria assim se mantenha, de modo que eles precisem encarar pressão apenas por um time, não por dois.
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