
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
Jornalista e colunista de futebol feminino do Esportes do O POVO. Graduada em Jornalismo no Centro Universitário Sete de Setembro (Uni7). Já passou por assessorias de imprensa e foi repórter colaborativa da plataforma de notícias VAVEL Brasil
O futebol cearense feminino viveu um ótimo final de semana, com vitórias de Ceará e Fortaleza, na Cidade Vozão e no CT Ribamar Bezerra, respectivamente. As Alvinegras começaram o Brasileirão A3 com uma baita goleada de 5 a 0 diante do Iape-MA, o campeão estadual maranhense de 2024.
A vitória foi reflexo direto do trabalho que Erivelton Viana alegou que a comissão técnica fez para o ano de 2025, ao selecionar, desde as contratações, jogadoras pautadas no estilo de jogo que ele quer empregar. Quem viu, disse que o jogo foi uma ótima partida de um time que tem, sim, a capacidade de subir para a A2.
No CT Ribamar Bezerra, as Leoas também fizeram bem o dever de casa. Apesar do jogo travado diante de um Ação-MT, que queria preservar a liderança do Grupo B da A2, o time comandado por Erandir soube dançar conforme a música. Depois de ver o adversário cansar, o grupo tricolor comandou a partida decretando uma vitória por 2 a 0 no segundo tempo, com gols marcados por Andressa e Geovana.
Apesar de apenas duas partidas, a camisa 10 do Fortaleza tem se destacado. Quem também já tem dado o nome nos dois jogos é Isabella, que marcou na primeira partida e chegou a balançar as redes em casa, apesar do tento ter sido anulado por uma mão na bola antes da finalização.
Uma pena que, como tem sido habitual nos últimos anos, os dois jogos não ocorreram na capital cearense. Nem vejo mais isso como responsabilidade apenas dos clubes. Tenho certeza que quem se importa de verdade com a modalidade acha um tédio jogo apenas no CT. Mas como as diretorias investem pouco na modalidade, os coordenadores não podem gastar esse pouco dinheiro mandando um jogo para o Estádio Presidente Vargas.
Não sendo leiga, também entendo que a prioridade do estádio provavelmente é dos times da Série C e D e, principalmente, de Ceará e Fortaleza, que vão mandar lá alguns jogos da Série A. Só é frustrante pensar, como falei na semana passada, que estamos mais perto do que longe de receber uma Copa do Mundo Feminina e não há uma tentativa de ninguém de aproximar o torcedor cearense do futebol feminino.
Esse assunto deveria ser preocupação das secretarias esportivas e de turismo dos poderes municipal e estadual, já que uma Copa do Mundo no Estado, ainda que de menor apelo, deve influenciar diretamente no turismo e em vários outros setores de Fortaleza. Seria um fiasco que um dos Estados mais apaixonados por futebol do País protagonizasse jogos vazios no Mundial. Por ora, a tendência é que esse tipo de coisa infelizmente ocorra.
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