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O já histórico debate entre Harris e Trump
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Editor de Política do O POVO, escreve sobre Política Internacional. Já foi repórter de Esportes, de Cidades e editor de Capa do O POVO

O já histórico debate entre Harris e Trump

Tipo Opinião
DEBATE será realizado hoje na Filadélfia
 (Foto: JEFF KOWALSKY, Mandel NGAN / AFP)
Foto: JEFF KOWALSKY, Mandel NGAN / AFP DEBATE será realizado hoje na Filadélfia

Kamala Harris e Donald Trump estarão pela primeira vez frente à frente na noite desta terça-feira, 10, no debate promovido pela rede de TV americana ABC News. O encontro a menos de dois meses da eleição provavelmente será o único entre os dois concorrentes à Casa Branca.

Embora não se saibam quais as consequências do debate desta terça-feira, o fato de ele ser o único entre Kamala Harris e Donald Trump aumenta seu peso para a disputa. Historicamente, debates nos Estados Unidos não são eventos nos quais os candidatos conseguem conquistar uma parcela significativa do eleitorado. No entanto, se os debates não servem tanto para ganhar uma eleição, eles podem ser o momento em que um desempenho ruim pode jogar a campanha pelo ralo.

Dois casos se sobressaem. O exemplo clássico é debate de 1960, quando um sorridente e maquiado John Kennedy venceu facilmente um Richard Nixon gripado, com barba por fazer e completamente inábil diante daquele novo gênero televisivo. O segundo é o mais recente deles. Em 27 de junho, o desempenho desastroso de um Joe Biden completamente perdido e com frases desconexas foi o ponto de virada para a mudança de rota na candidatura democrata.

Trabalhadores concluem os preparativos no centro de arquivamento de mídia e na sala de rotação para o debate presidencial da ABC News entre a candidata democrata, vice-presidente Kamala Harris, e o candidato republicano, ex-presidente dos EUA, Donald Trump, na Filadélfia, Pensilvânia, em 9 de setembro de 2024(Foto: SAUL LOEB / AFP)
Foto: SAUL LOEB / AFP Trabalhadores concluem os preparativos no centro de arquivamento de mídia e na sala de rotação para o debate presidencial da ABC News entre a candidata democrata, vice-presidente Kamala Harris, e o candidato republicano, ex-presidente dos EUA, Donald Trump, na Filadélfia, Pensilvânia, em 9 de setembro de 2024

Para o debate desta terça-feira é Kamala Harris quem tem mais a perder. Além de ser a única oportunidade tête-a-tête dela com Trump, será a estreia da democrata em debates presidenciais. Portanto, os olhos vão estar voltados para como ela se sairá, sobretudo após o fracasso de Biden em junho.

Esse tipo de embate, no entanto, não chega a ser novidade para ela. Kamala Harris foi promotora e procuradora-geral da Califórnia. Portanto, está habituada, desde os tempos em que atuava em tribunais, com situações de enfrentamento. Curiosamente, do outro lado estará o primeiro ex-presidente americanos condenado na esfera criminal.

Diante de 50 milhões de americanos assistindo ao debate, o principal desafio para Kamala Harris será o de se mostrar firme contra o arsenal de Trump como Biden não conseguiu. Mas, ao mesmo tempo, fazê-lo no tom preciso, sem parecer uma promotora que persegue um réu.

O ex-presidente republicano, por sua vez, estará pela sétima vez em um debate presidencial. Um recorde na história americana que faz dele também alguém familiarizado com a situação. No entanto, para Trump a questão é saber como ele se sairá diante de alguém capaz de contestar as muitas mentiras que ele costuma proferir em debates.

Desaparecidos políticos

O coletivo Aparecidos Políticos participa desde a última terça-feira, 3, na Alemanha e na Polônia do intercâmbio "Desmonumentalização da Ditadura Brasileira: um intercâmbio artístico a partir da memória do holocausto". O grupo foi um dos 47 selecionados entre 3.600 projetos inscritos em edital da Fundação Nacional de Artes (Funarte).

Durante a viagem de duas semanas, serão visitados o Museu do Holocausto, em Berlim, o Espaço de Memória do Campo de Concentração Dachau, em Munique, bem como o Museu Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (Polônia).

Um dos principais objetivos do intercâmbio é o estudo de como esses espaços foram pensados para que a memória resultasse em processos de reparações históricas e para que eventos como o holocausto não fossem repetidos. 

A questão da desmonumentalização é um dos enfoques de trabalho do coletivo que, após a viagem, irá produzir um conceito de obra artística e um relatório de ideias para o projeto museográfico que substituirá o mausoléu Castelo Branco, que é parte do complexo arquitetônico do Palácio Abolição e homenageia o primeiro presidente da ditadura militar brasileira (1964-1985).

 

 

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