Logo O POVO+
Camilo muda estratégia para não ser mais 'ministro discreto'
Foto de João Paulo Biage
clique para exibir bio do colunista

João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Camilo muda estratégia para não ser mais 'ministro discreto'

O ministro e sua equipe traçaram nova estratégia para emplacar uma imagem nacional em 2024
Tipo Opinião
Ministro da Educação, Camilo Santana (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Ministro da Educação, Camilo Santana

.

Depois de um 2023 discreto, Camilo Santana (PT-CE) quer emplacar uma imagem nacional em 2024. Após diálogo com o presidente Lula, críticas na Esplanada dos Ministérios e um trabalho avaliado como positivo, mas com baixa repercussão, o ministro da Educação começou o ano atual em maior evidência.

Uma nova estratégia foi traçada pela equipe de assessores de Camilo, que aposta num boom do ministro. Viagens para todos os estados, como no lançamento do Pé-de-Meia, entrevistas e aproximação com a imprensa fazem parte do trabalho, já iniciado. Até mesmo um possível percalço é considerado uma ótima oportunidade: a presidência de Nikolas Ferreira na Comissão de Educação.

Camilo só foi convocado à Câmara dos Deputados duas vezes, no início do governo, quando descontinuou o programa de escolas cívico-militares, e quando teve que explicar sobre as questões do ENEM que falavam sobre o agronegócio. Em ambas, Camilo foi seguro nas respostas e não abriu margem para polêmicas.

Com Nikolas à frente da comissão, certamente, terá que visitar o parlamento mais vezes. Um eventual bom desempenho na comissão deve ser amplamente difundido. É a chance de Camilo deixar de ser um 'ministro discreto'. Afinal de contas, está numa das principais pastas do Governo Federal.

Lira dá piti após pronunciamento sobre Brazão

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), é, em 90% das oportunidades, grosseiro, mas conseguiu se superar na última semana. Nervoso com a falta de aceitação de Elmar Nascimento (União-BA) para sucedê-lo e tenso com a prisão de Chiquinho Brazão como mandante do assassinato de Marielle Franco, Arthur Lira se dirigiu ao púlpito para explicar que a Câmara não tinha pressa para definir o futuro do acusado. "Não há nenhum prejuízo para o réu, que continuará preso. É um caso difícil e sensível para todos nós e será tratado com todo zelo e cuidado que o assunto requer. Sem nenhuma pergunta", pediu.

Mas as dúvidas seguiam. O pedido de vista concedido tem prazo de duas sessões plenárias, mas quando Lira decide 'tratorar', as sessões são marcadas para o mesmo dia e a vista é de 24h. Se isso não ocorresse, o debate sobre a prisão de Brazão na Câmara só voltaria no dia 10 de abril.

O presidente foi questionado sobre isso por uma colega. "Faça as contas, minha filha", disse enquanto andava rápido. Fiz a mesma questão e, com a mesma brutalidade, ele respondeu. "Se você acha, publique".

Lira não tratorou e a pauta só vai voltar a ser discutida na Câmara dos Deputados no dia 10. Nada será discutido na casa nesta semana. Os deputados foram liberados para filiar novos políticos até o fim da janela partidária para as eleições municipais, que termina no dia 6 de abril.

Luiz Gastão assume vice-presidência de duas comissões

O deputado Luiz Gastão (PSD-CE) assumiu a 2ª vice-presidência da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle e a 3ª vice-presidência da Comissão de Desenvolvimento Econômico. A primeira é voltada para o acompanhamento de atividades fiscais, financeiras e contábeis do Governo Federal. Na segunda, dobradinha cearense, já que o presidente é o deputado Danilo Forte (União-CE).

 

Foto do João Paulo Biage

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?