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Lula fecha a agenda da semana e não volta para Fortaleza antes das eleições
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Lula fecha a agenda da semana e não volta para Fortaleza antes das eleições

O ministro Camilo Santana prometeu e o líder José Guimarães até tentou, mas o retorno de Lula à capital cearense esta semana é considerado ‘quase impossível
Tipo Notícia
RETORNO DE LULA à capital cearense esta semana é considerado
Foto: EVARISTO SA / AFP RETORNO DE LULA à capital cearense esta semana é considerado "quase impossível"

"Aliás, Evandro, o Lula mandou um abraço e disse que vem aqui no primeiro turno na sua campanha em Fortaleza", foi o que disse o ministro da Educação, Camilo Santana, no fim de agosto. A promessa, porém, não será cumprida. Esta coluna procurou a Secretaria de Comunicação da Presidência da República e o líder do Governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, que apontaram ser quase impossível a ida do presidente à capital cearense até sábado.

A Secom afirmou que a agenda do presidente para a semana já está fechada e não há previsão de viagem para Fortaleza. Lula está no México para a posse da presidente Cláudia Sheinbaum e recebe, em Brasília, a rainha da Dinamarca, Margarida II. Já Guimarães lembrou o crescimento de Leitão antes de informar a provável ausência. "Dificilmente ele vai, Biage".

A ala política do PT pressiona o presidente a mudar a agenda e reforçar a campanha de Evandro Leitão. Dentro do partido, Fortaleza é prioridade e o próprio Palácio do Planalto reforça a necessidade de não perder a quarta maior capital do Brasil para o bolsonarismo, mas Lula quer manter a palavra dada a PDT e União Brasil. Os dois partidos são da base do governo, ocupam ministérios e possuem candidatos com chances de segundo turno em Fortaleza. O receio do presidente é, depois das eleições, encontrar resistência dentro do Congresso Nacional.

Os pedidos dos dois partidos foram feitos em momentos diferentes. Elmar Nascimento, líder do partido na Câmara e concorrente à sucessão de Arthur Lira, abordou Lula em uma das reuniões sobre a possível candidatura à presidência da Casa Baixa. Já o presidente do PDT, André Figueiredo, falou com Lula durante um encontro de Lula com os líderes da Câmara dos Deputados.

Caso Evandro vá para o segundo turno, porém, Lula vai voltar a Fortaleza para reforçar a campanha. A promessa do presidente foi feita ao ministro Camilo Santana.

PDT ainda confia em Sarto no 2º turno

O crescimento de Evandro Leitão e de André Fernandes nas pesquisas chegaram a assustar, mas não foram surpresa para o PDT, de José Sarto. Com mais tempo de TV, havia a expectativa que os candidatos de Lula e Jair Bolsonaro aumentassem as intenções de voto. As últimas pesquisas, porém, não desanimaram o partido.

"Já era esperado que o candidato do PT, tendo cinco vezes mais o tempo de TV, que ele fosse chegar no patamar que chegou, as internas já nos mostravam isso, mas o Sarto continua consolidado dentre os quatro que disputam a vaga no segundo turno. Evidentemente, com a estrutura que temos de candidatos a vereadores, nós vamos continuar com a mesma expectativa de que vamos para o segundo turno contra o candidato do Bolsonaro", opinou o presidente do PDT, André Figueiredo.

Kajuru se solidariza com Girão e dispara contra Marçal

Em sessão do Senado, Jorge Kajuru prestou 'apoio incondicional' ao colega e candidato à prefeitura de Fortaleza, Eduardo Girão, que foi retirado de um debate pela Justiça Eleitoral do Ceará. O senador goiano aproveitou a oportunidade para recriminar Pablo Marçal.

"Eu divirjo politicamente do meu amigo Eduardo Girão, mas ele não é um Pablo Marçal, não é nada disso. O Marçal é picareta, mal caráter, vigarista, sórdido. Ele não vale absolutamente nada. Se esse sujeito participa de um debate, porque o Girão não pode participar de um debate?"

O senador Eduardo Girão não participa de debates pois o partido dele, o Novo, não tem representação mínima no Congresso Nacional que obrigue o convite por parte das emissoras. Girão era do Podemos até fevereiro de 2023, quando escolheu ir para o Partido Novo. Se ainda estivesse na sigla anterior, participaria de todos os debates.

 

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