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Alcolumbre articula atraso na regulamentação da Tributária em resposta a Dino
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Alcolumbre articula atraso na regulamentação da Tributária em resposta a Dino

O presidente da CCJ se uniu à oposição e a parte do governo para mostrar insatisfação com a decisão do ministro desta segunda-feira
Tipo Notícia
Davi Alcolumbre, senador (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Davi Alcolumbre, senador

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) atuou de forma direta no atraso da tramitação da regulamentação da Reforma Tributária. Estava tudo pronto para a leitura do relatório, quando Marcos Rogério, líder da oposição no Senado Federal, cancelou a audiência por falta de quórum apenas 10 minutos depois do horário marcado. Eram necessários 14 senadores para abrir a sessão. “Só 6 registraram presença, sendo 4 da oposição e apenas 2 da base aliada do governo. Existe aí um recado”, apontou Marcos Rogério.

Outro senador da oposição, Rogério Marinho confirmou a falta de desejo em tratar sobre o tema. “O governo obstruiu. Ficou muito claro que houve uma manobra governista”.

O teatro foi mal feito, mas o recado foi dado: a Casa Alta estava insatisfeita. A decisão do ministro Flávio Dino em manter regras mais rígidas para o pagamento de emendas parlamentares repercutiu mal no Congresso Nacional, e foi o provável próximo presidente do Senado que contragolpeou. Davi Alcolumbre entrou em cena, dialogou com líderes do governo e com o presidente Rodrigo Pacheco para cancelar a sessão.

Deu certo. Alcolumbre e Pacheco uniram base e oposição no contragolpe, que obriga Governo Federal e STF a priorizarem a liberação das emendas parlamentares. Com medo de perder outras matérias importantes para a gestão, Lula convocou Rodrigo Pacheco e Arthur Lira para uma conversa. Se não houver resolução, não haverá, também, votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei de Orçamento Anual (LOA).

Pelo governo, só Augusta Brito e Rogério Carvalho marcaram presença

A coluna tentou contato com a senadora Augusta Brito que, por meio da assessoria, diz ter enxergado manobra da oposição para adiar a votação. Em matérias mais polêmicas, é normal aguardar quórum por 30 minutos. O tempo, porém, não foi respeitado por Marcos Rogério.

Consultamos, também, três senadores da base aliada do governo, que confirmaram a insatisfação com a decisão de Flávio Dino. É o Congresso Nacional atropelando rivalidades e rejeitando brigas ideológicas em prol da falta de transparência das emendas parlamentares.

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