O que deputados e senadores cearenses dizem sobre a denúncia da PGR
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
O que deputados e senadores cearenses dizem sobre a denúncia da PGR
Maioria da bancada cearense é da base do governo Lula e comemorou o documento de Paulo Gonet. Girão foi o opositor mais incisivo. André Fernandes preferiu se esquivar
Foto: Sergio Lima / AFP
O ex-presidente do Brasil Jair Bolsonaro
Deputados e senadores cearenses se manifestaram sobre a denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República que pode tornar réu o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 33 denunciados. Teve gente da base aliada do governo comemorando, outros ironizando Bolsonaro, senador atacando o Supremo Tribunal Federal e até deputado do PL se esquivando de defender o ex-presidente.
Luizianne Lins postou nas redes sociais que Jair Bolsonaro será preso. A Lôra também compartilhou post da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que se mostrou estarrecida com o fato de Jair Bolsonaro ter tomado conhecimento do plano Punhal Verde-Amarelo. A operação clandestina pretendia executar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
Pelo PDT, partido fiel ao PT (em âmbito nacional), André Figueiredo foi o mais incisivo: o presidente da sigla chamou Bolsonaro de inelegível e usou um emote de joinha, numa clara referência ao post viral de Bolsonaro ‘Grande dia’.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães, foi mais contido. Ele postou que “a acusação contra Bolsonaro garante justiça” e lembrou que é preciso vigiar a democracia sempre. Perguntado se o governo pode capitalizar com isso e melhorar os índices de aprovação, Guimarães refutou. “O PT defende a democracia e é isso que temos que comemorar agora. Não é sobre governo, é sobre o país”, apontou.
Girão critica PGR; André Fernandes se esquiva
A coluna buscou os dois mais ferrenhos opositores do governo Lula no Congresso Nacional para saber o posicionamento de cada um. O senador Eduardo Girão teceu críticas contundentes ao judiciário. “A consumação da tal “denúncia do golpe” não se sustenta segundo renomados juristas. Muitos dos casos baseado apenas em delação - e questionáveis, pois surgiram indícios de até de tortura psicológica, entre outros tipos de constrangimentos ilegais - além da ausência de provas materiais contundentes e irrefutáveis que justificassem o oferecimento de acusações tão graves por parte do PGR. O quebra cabeça não fecha”, pontuou.
E seguiu, voltando a artilharia à PGR. “Além disso, infelizmente, vemos a Procuradoria Geral da República (PGR), que outrora era admirada pela sua independência institucional hoje, para nossa tristeza, parece se submeter, cada dia mais,aos devaneios de uma Corte eminentemente política que desrespeita sucessivamente o sistema normativo brasileiro, principalmente a Constituição do País, que ela jurou proteger, gerando, assim, uma insegurança jurídica sem precedentes”, disse Girão.
André Fernandes foi mais sucinto. Questionado pela coluna se ele participou da reunião com Bolsonaro em Brasília, o deputado alegou ainda estar em Fortaleza e, por isso, faltou ao encontro. Para se posicionar, André pediu tempo para estudar os documentos apresentados. “Ainda vou analisar”, escreveu.
Centrão aceita votar anistia restrita
Pelo PSD, dois deputados se manifestaram: Luiz Gastão e Domingos Neto. Gastão disse não ter tido tempo de ler a denúncia protocolada pelo procurador Paulo Gonet. “São quase 300 páginas, foi disponibilizada ontem à noite… não tive tempo de ler, ainda”, confessou. Já Domingos não se mostrou surpreso. “Eu li grande parte da denúncia, até para entender o que estava escrito ali e, vamos combinar, não surpreendeu ninguém. Era mais ou menos o que todo se lia na imprensa”.
Sobre o PL da Anistia, Domingos revelou que o texto pode sim ter boa aceitação dentro da bancada do PSD, mas caso ele seja restrito. “Nós pensamos ser possível tratar desse assunto numa anistia restrita, que contemple penas menores, aquelas pessoas que foram lá, participaram pelo impulso e algo do tipo. Agora, englobar patrocinadores, planejadores, incentivadores… eu acho difícil”, disse.
Por sua vez, apontou que o PSD vai evitar criar rusgas dentro da bancada, caso haja votação. “Nos reunimos ontem e já definimos que, se houver votação, vamos liberar a bancada. Vamos dar liberdade para quem quiser votar a favor e quem quiser votar contra”.
O assunto ainda vai dar muito o que falar no Congresso Nacional.
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