João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais
Foto: João Paulo Biage
Danilo Forte e André Figueiredo disputaram o púlpito da Câmara dos Deputados
O Congresso Nacional voltou a ficar movimentado nos últimos dias. Após as semanas que precederam o Carnaval e do feriado prolongado, deputados e senadores voltaram a circular pelos corredores das duas casas legislativas. Houve até fila para usar o púlpito de entrevistas do Salão Verde.
Próximo ao horário do almoço, o deputado Danilo Forte (União-CE) informou que daria coletiva sobre o relatório do Projeto de Lei dos Restos a Pagar - proposta que libera o pagamento de R$ 4,6 bilhões cancelados em 2024. A despesa inclui emendas parlamentares bloqueadas, que podem ser pagas até 2029. O texto é de autoria do presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União-AP) e foi aprovado no Senado com 65 votos favoráveis e 1 contrário.
No caminho até o Salão Verde, encontrei André Figueiredo (PDT-CE), que acabara de sair de reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). André articulou o encontro com o presidente para pedir celeridade na tramitação da Lei de Incentivo ao Esporte. Ele estava acompanhado de Daiane dos Santos e Ana Moser, entre outros atletas. "Como foi a reunião, líder?", perguntei. "Vamos dar uma coletiva agora ali no púlpito", ele respondeu. "Vai ser depois do Danilo?", questionei.
Não demorou para Danilo Forte começar a explicar o texto feito por ele e que será votado nesta terça-feira no plenário da Câmara. André ficou na fila esperando sua vez de dar coletiva. Foram 15 minutos de espera. A cada respiro mais profundo de Danilo, André, Orlando Silva (PCdoB-SP) e os atletas aplaudiam o deputado. A cena foi descontraída e tirou risos dos presentes.
Um abraço entre os dois conterrâneos selou a transição no púlpito. André defendeu o regime de urgência para aprovar logo a Lei de Incentivo ao Esporte. "É uma lei feita a várias mãos e que precisa ser aprovada de forma rápida, já que os atletas precisam de mais investimentos", afirmou. Danilo protocolou o relatório e já começou a trabalhar em outro projeto de Lei: que equipara o crime organizado ao terrorismo. Ele vai apresentar o texto na quarta-feira.
Violência: assunto que mobiliza toda a bancada
Por falar em crime organizado, o assunto se tornou prioridade de toda bancada. A violência que assola o Ceará é motivo para reuniões semanais de deputados e senadores. Célio Studart, conhecido por defender a pauta animal, apresentou um pacote de medidas contra a violência no Estado. São três iniciativas: equiparar o crime organizado ao hediondo; vedação da progressão de regime; e aumento de pena para crimes cometidos contra agentes de segurança pública.
Dayany Bittencourt também priorizou o tema, ao procurar o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para combater ações criminosas no Ceará. Deputados do PDT e do PSD também buscam apoio para a segurança pública no estado. A bancada quer retirar o Ceará do segundo lugar no ranking de violência nacional.
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