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Após ato bolsonarista, governo impõe derrotas à oposição
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Após ato bolsonarista, governo impõe derrotas à oposição

Governo conseguiu as duas comissões que queria, viu Eduardo Bolsonaro ficar fora das Relações Exteriores e articulou a votação do orçamento para sexta-feira
Tipo Opinião
Plenário da Câmara dos Deputados (Foto: Lula Marques/ Agência Brasil)
Foto: Lula Marques/ Agência Brasil Plenário da Câmara dos Deputados

A oposição ao governo Lula cantou de galo, comemorou e tripudiou antes da hora. Nas últimas semanas, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, garantiu Eduardo Bolsonaro na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), disse que pediria a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a Comissão Mista de Orçamento (CMO). A sigla de Jair Bolsonaro ficou sem o que queria e viu o governo e o PT triunfarem dois dias depois do ato bolsonarista em Copacabana.

Eduardo desistiu da CREDN para permanecer nos EUA. Antes, Sóstenes foi desautorizado por Valdemar Costa Neto a indicar o 03 de Bolsonaro ao colegiado. A CCJ ficou com União Brasil, nas mãos de Paulo Azi, deputado da Bahia e pertencente à ala governista do partido. Já o governo Lula pediu a José Guimarães, líder de Lula na Câmara, duas comissões. O cearense negociou e conseguiu ambas.

“O governo tinha duas prioridades: as Comissões de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e de Direitos Humanos (CDHMIR). Ainda conseguimos Finanças e Tributação e Cultura, além de uma para o PCdoB e outra para o PV. Portanto, nos saímos muito bem na negociação”, afirmou Guimarães.

Além disso, o presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre, afastou qualquer possibilidade de a votação da Lei Orçamentária Anual não ocorrer esta semana. Ele marcou para sexta-feira uma sessão semipresencial para votar a matéria, que já deveria ter sido votada em dezembro do ano passado. O relator, o senador Ângelo Coronel, empurrou com a barriga até agora e queria levar o texto para abril. Não conseguiu. A semana termina com um sonoro 3x0 para o Governo contra a Oposição.

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