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Gastão diz que aceitaria ser relator do PL da Anistia
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João Paulo Biage é jornalista há 13 anos e especialista em Comunicação Pública. De Brasília, acompanha, todos os dias, os passos dos parlamentares no Congresso Nacional e a movimentação no Palácio do Planalto, local de trabalho do presidente. É repórter e comentarista do programa O POVO News e colunista do O POVO Mais

Gastão diz que aceitaria ser relator do PL da Anistia

Deputado defende que parlamentar de centro assuma o texto que vai definir quem pode ser beneficiado. Ele já conversou com Gleisi e com Sóstenes e não vai correr do desafio
Tipo Opinião
DEPUTADO André Figueiredo (Foto: Mauri Melo)
Foto: Mauri Melo DEPUTADO André Figueiredo

Política é como xadrez: você pode fazer o jogo quase perfeito, mas qualquer movimento errado pode colocar tudo a perder. E o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, depois de conseguir as assinaturas do requerimento de urgência do Projeto de Lei da Anistia, pensou pouco, se precipitou e cometeu uma gafe. Ao dizer que Jair Bolsonaro, mesmo internado, daria a palavra final sobre o relatório da proposta, ele se indispôs com o Centrão.

"É uma declaração infantil. Olha, é precipitado. Primeiro, o relator precisa ser designado, é ele quem vai construir esse texto. Depois, vai submeter o relatório ao plenário. Eu defendo que se escolha um relator de centro para definir os critérios para a anistia", afirmou o deputado Luiz Gastão (PSD-CE).

Perguntado se aceitaria o papel de relator, Gastão não titubeou. "Se me for designado, sim. Eu não corro de desafio nenhum", disse, mas deixou claro que não pleiteia a responsabilidade. O deputado, porém, se mostrou favorável a um tipo de articulação para reduzir as penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal.

"O STF errou na mão. São vidas de pessoas que estão desestruturadas, famílias sofrendo com isso. Precisamos pacificar o país, olhar para frente e só vamos virar a página quando o Congresso Nacional se posicionar. Por isso, sou favorável à urgência para tratar o tema. Eu não estou defendendo (Jair) Bolsonaro, eu não sou bolsonarista. Eu só estou defendendo os brasileiros que estão presos injustamente", concluiu.

PL que regulamenta o streaming avança na Câmara

O Projeto de Lei que propõe a regulamentação do mercado de streaming e de plataformas de vídeo sob demanda (VoD) ganhou fôlego na Câmara dos Deputados e deve ser votado ainda neste semestre. O texto, relatado pelo deputado André Figueiredo (PDT-CE), foi engavetado após uma manobra da oposição, que divulgou uma série de notícias falsas contra o relatório.

André Figueiredo montou uma força-tarefa com a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) pela aprovação da matéria. O grupo conta com o senador Eduardo Gomes (PL-TO), relator da regulamentação no Senado. Todo o esforço é para valorizar a produção audiovisual brasileira. "Vamos buscar construir um acordo com a oposição. A intenção é levar para o plenário entre maio e junho", afirmou o pedetista.

Acordo com Glauber liberta Hugo Motta de Arthur Lira

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), conversou com PSOL e PT e fechou acordo para suspender a greve de fome do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que estava acampado no plenário 5 da Câmara. Agora, a análise que pode resultar na perda de mandato do psolista fica para o segundo semestre, mas, nos bastidores, se fala em engavetamento do texto.

Por articulação de Arthur Lira (PP-AL), que odeia Glauber, a cassação era dada como certa, mas houve pressão externa e interna a Hugo Motta. Parlamentares de outros partidos de Centro não concordam com a medida extrema e cobraram o presidente. Hugo viu no tema a oportunidade de se mostrar independente de Lira.

Glauber ganhou o apoio de Renan Calheiros, que odeia Lira, na busca pela manutenção do mandato. Outro nome surpreendente surgiu para intervir pelo deputado: Adriana Ventura, líder do Partido Novo na Câmara, é contrária à cassação. Parece estranho, mas é cálculo político. Só PSOL e Novo se manifestam contra a farra das emendas parlamentares e o partido direitista pode ser o próximo alvo.

 

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