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Segurança privada para foliões e outras notas
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Redator do blog e coluna homônimos, diretor de Jornalismo da Rádio O POVO/CBN e CBN Cariri, âncora do programa O POVO no Rádio e editor-geral do Anuário do Ceará

Segurança privada para foliões e outras notas

Em Salvador, convidados de grandes empresas não andam um metro sem que um batalhão de seguranças não saia abrindo caminho entre a van e o camarote
Tipo Notícia
Floral Gil e Gibelto Gil recebem a ministra Anielle Franco (Foto: GEOVANE PEIXOTO- REPRODUÇÃO INSTAGRAM EXPRESSO 2222)
Foto: GEOVANE PEIXOTO- REPRODUÇÃO INSTAGRAM EXPRESSO 2222 Floral Gil e Gibelto Gil recebem a ministra Anielle Franco

O fundo do poço já chegou. A indústria da insegurança pública, responsável por alimentar a indústria da segurança privada, vende bem um produto este ano: serviço de escolta para foliões que vão assistir aos desfiles das escolas no Rio e em São Paulo ou que vão se deslocar por Salvador até um camarote. No Rio, custa até R$ 25 mil por 15 dias de atendimento.

Em Salvador, convidados de grandes empresas não andam um metro sem que um batalhão de seguranças não saia abrindo caminho. É aquela coisa: a empresa que convida não quer correr o risco de que haja um furto pelo caminho. Quem é protegido nesse esquema, por vezes fica constrangido. Mas tem quem goste.

Expresso 2222

O camarote Expresso 2222, de Gilberto Gil e família, lota todas as noites na noite de Salvador. Fica bem ao lado do Farol da Barra, onde começa o circuito Barra-Ondina. Não há ingresso vendido. Vão convidados de marcas patrocinadoras. Dentro do camarote, há divisões. A família Gil tem uma área reservada, onde só chegados podem ir. O pacote para os patrocinadores inclui um almoço na casa do imortal, no sábado.

Cercadinho

Convidados VVIP têm direito a um cercadinho na sacada do camarote virada para a avenida Oceânica, por onde parte do cortejo dos trios elétricos. Na noite de sábado, Sasha Meneghel e o marido ganharam o direito de ficar separados pelo elástico. Na noite de segunda-feira, Lázaro Ramos e Taís Araújo estavam nesse cantinho. De lá acenavam para os fãs na avenida. Antes, fizeram poses para ativação de uma marca de cosméticos, em área aberta no camarote. Lázaro uma simpatia.

Refrigerante

A Solar Coca-Cola, com sede em Fortaleza, tem um espaço reservado no Camarote. Lá, recebe convidados. A Bahia compõe a área coberta pela empresa cearense, responsável por engarrafar e distribuir a marca em todo o Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste. É gigante. Tem 13 fábricas e 44 Centros de Distribuição, atendendo a aproximadamente 400 mil pontos de venda em uma área que representa 70% do Brasil.

O fotógrafo

Onde Ricardo Stuckert está, Lula também está. Mas dessa vez não. Ricardo circulava no Camarote Expresso 2222 na noite de segunda-feira sem o presidente.

Governadores do PT, menos Elmano

Na madrugada de sexta-feira, no circuito Campo Grande, camarotes oficiais realizaram um encontro extra oficial do Consórcio Nordeste. O repórter da Folha de S. Paulo, João Pedro Pitombo, anotou: "Três dos quatro governadores petistas: o baiano Jerônimo Rodrigues recebeu Rafael Fonteles, do Piauí, e Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte. Elmano de Freitas, do Ceará, tomou falta".

Anielle presente

No camarote Expresso 2222, no circuito Barra-Ondina, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se divertia. Usava a camisa obrigatória para convidados, com uma lista de pelo menos cinco patrocinadores estampados.

Diversas cervejas

O Carnaval marca altos investimentos para atingir diferentes comunidades e a diversidade é um tema particularmente importante. Segundo a pesquisa Brand Inclusion Index 2024 (BII), da divisão Insights da Kantar, 53% dos consumidores de grupos sub-representados acreditam que criar publicidades diversas e inclusivas é importante para as marcas.

Golpes do abadá

Uma modalidade de fraude chamada de "golpe do abadá" cresceu nesse carnaval. Quadrilhas organizadas criam sites falsos, similares aos verdadeiros e vendem abadás, locais VIP e open bar e food para a folia carnavalesca, sobretudo em Salvador. Um camarote VIP que custaria R$ 15 mil é vendido por R$ 5 mil. Tem também abadá vendido com 70% de desconto. É golpe.

Tim Maia vive

"Não quero dinheiro" foi a música mais tocada no Carnaval em trios elétricos e shows em 2024 no Rio e em São Paulo, segundo o Ecad.

*Jocélio Leal viajou a Salvador a convite do Ifood

 

Foto do Jocélio Leal

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