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McLaren mostra que Senna merece mais que saia justa
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Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas

McLaren mostra que Senna merece mais que saia justa

Pilotos e equipes se dedicam em homenagens a Senna, mas richa com Piquet garante críticas a Verstappen
Tipo Opinião
Equipe presta homenagem a Senna em Mônaco com pintura especial no carro e novos macacões  (Foto: Reprodução/McLaren)
Foto: Reprodução/McLaren Equipe presta homenagem a Senna em Mônaco com pintura especial no carro e novos macacões

Quando um casal completa 36 anos de casamento são celebradas suas bodas de cedro. Se entre duas pessoas, a celebração é memorável, com milhares na conta, como podemos mensurar? Todo 1º de maio se enchem as mensagens que homenageiam o aniversário de morte de Ayrton Senna. 

A data também guarda o início de uma dobradinha entre o piloto brasileiro e a McLaren. Foi em um 1º de maio de 1988 que, no mesmo lugar onde morreu, em Ímola, Senna venceu sua primeira corrida com a equipe. São 36 anos que a parceria segue viva.

Desde o início do mês, a equipe tem prestado diversas homenagens ao piloto. E talvez, deixo para os que acreditam, Senna tenha olhado com carinho para quase “empurrar” o carro laranjinha, turbinado com atualizações que vêm surtindo efeito. Lando Norris conseguiu sua primeira vitória em Miami e, na última rodada, justamente em Ímola, deu um susto em Max Verstappen, que, com muitas reclamações, principalmente nos pneus, viu uma vantagem confortável de sete segundos cair para apenas 0,7s. Era possível ver Norris no cangote do holândes.

A memória chega às ruas de Mônaco, onde Senna era rei. Os carros foram pintados com as cores da bandeira brasileira. Os pilotos correrão com macacões nas tonalidades. Os capacetes, cada um do seu jeito, fazem referência ao brasileiro. Um baita gasto de dinheiro e atenção.

Há quem ressalte que a mudança tem um apelo comercial, mas, bem, o que não tem no mundo da Fórmula 1? Há os que alegam que, assim, a McLaren também exalta seus próprios feitos. Vou além: a equipe mostra as diversas facetas da parceria com três títulos e 35 vitórias.

Entre o cheiro de cedro, também teve lugar a erva daninha. Pequena como o espaço destinado a isso nesta coluna foi a postura de Verstappen por não ter usado a camisa em homenagem a Senna na corrida promovida por Sebastian Vettel. A falta da camisa já é estranha, mas fica pior com os contornos de enrolação. A assessoria de Vettel alegou que as camisas foram roubadas, em uma clara tentativa de limpar a barra do tricampeão, depois da chuva de críticas. O que não ajudou muito foi o vídeo de Vettel oferecendo uma camisa a Verstappen e os organizadores passando com as mãos cheias de camisetas.

A estratégia de Verstappen seria para não desagradar seu sogro, Nelson Piquet. Nem 30 anos foram capazes de amenizar a rixa com Senna, que digo até meio mesquinha, ao ponto de que usar uma blusa causaria tanta discórdia. Ir ao evento em si não tem problema, então? Aparecer lá na frente nas fotos também não? É preciso bancar suas escolhas e arcar com as consequências delas. 

Foto do Júlia Duarte

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