
Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas
Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas
Em uma temporada que tinha tudo para que Max Verstappen voasse sozinho na ponta do grid, corrida após corrida, tem sido divertido acompanhar que outras equipes também têm conseguido acertar em estratégia. O piloto da vez foi Lewis Hamilton, que voltou a vencer com a Mercedes após uma seca de 945 dias. Além da felicidade do inglês de vencer em casa, mais uma coisa se tornou clara: a McLaren não sabe mais como vencer.
Os terceiros e segundos lugares recentes deixam um gosto amargo, especialmente para Lando Norris. Tem sido uma imagem comum o piloto saindo do carro meio cabisbaixo, se lamentando. Na salinha após a corrida de Silverstone, Hamilton, talvez por não entender a situação, perguntou a Norris: "Você foi de macios também? Mas você não tinha dois novos médios?". E Norris respondeu, em um tom de "por favor, não me lembre": "Eu sei".
Por erro da equipe, e parcialmente de Norris, o carro do 4 ficou na pista mais tempo que seus adversários, perdendo o timing da troca de pneu. Ainda por cima, o composto não ajudou. Nem foram pneus duros como os de Max Verstappen, que garantiram uma passagem nas voltas finais justamente em cima de Norris, nem os médios de Piastri, que mostravam rendimento bom.
Na Áustria, o erro foi mais de Norris que da equipe, mas os dois lados tiveram seus deslizes. O piloto não tirou o pé e tentou uma ultrapassagem, no mínimo apressada, em cima de Verstappen, experiente e conhecido de não pegar leve com ninguém. Embora muitos considerem só como um acidente de pista, o holândes voltou a suas origens de pegar pesado e Norris foi inocente de achar que a porteira estaria aberta. A equipe, que poderia ter pedido, pelo menos, prudência para manter um segundo lugar, ficou sem pontos de um dos carros.
Nas rodadas anteriores, Espanha e Canadá, terminaram na mesma: Verstappen em primeiro e Norris em segundo. O clima era que o britanico e a McLaren podiam ter vencido, mas se embananaram. Pode soar estranho, vindo de uma equipe com uma camisa com história. Foi casa de Ayrton Senna, Alan Prost, Emerson Fittipaldi. Estreou na década de 60. Tem 8 Campeonatos de Construtores e 12 de pilotos.
Então, o que falta? Experiência. Tempo de aprender com erros de atuar em alta performance, justamente onde cada segundo significa perder ou ganhar. O carro evoluiu e tem ritmo forte, mas erros e, principalmente, a estratégia ainda são pontos sensíveis. Decisões dos pilotos, agora que a pressão é maior pela chances reais de vitória, também pesam. É uma pena que o tempo é mais que dinheiro na F1, é vital.
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