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Quem vai transmitir a F1 no Brasil?
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Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas

Quem vai transmitir a F1 no Brasil?

Depois de tudo quase certo para mudança da transmissão, eis que a Fórmula 1 vai ficar no mesmo canto
Tipo Opinião
Transmissão da Fórmula 1 vai ficar com a Band até o fim de 2025 (Foto: PAUL CROCK/ AFP)
Foto: PAUL CROCK/ AFP Transmissão da Fórmula 1 vai ficar com a Band até o fim de 2025

Tudo se desenhava para os domingos voltarem a ser preenchidos com outros sons quando se fala de Fórmula 1. Aquele barulhinho de “tantantanrantan” que animava as manhãs em dia de corrida. Embora as vozes iriam ser diferentes, parecia certo que a Globo voltaria a transmitir a categoria, que teve a emissora como casa por 40 anos. Era coisa de já circular quem seriam os repórteres que acompanhariam as etapas, além dos narradores.

Era coisa também de já se questionar como ficaria a transmissão. A atual detentora dos direitos da transmissão do Brasil, a Band, leva para o canal aberto todas as etapas, até aquelas que acontecem de madrugada. Treinos livres e classificatórias podem ser assistidos gratuitamente no aplicativo da emissora, junto das etapas de outras categorias de base do esporte.

O “esqueleto” que se tinha apontava que, na Globo, alguns dos GPs seriam transmitidos apenas do canal fechado. A dúvida era se, com o modelo atual, a categoria teria o mesmo espaço que hoje tem na Band.

Tudo parecia certo, até que não parecia mais. A Band apresentou um recurso e negou a rescisão pedido pela Liberty Media, dona dos direitos de transmissão da F1. A emissora brasileira tem contrato até o fim de 2025 e valor da rescisão não seria bom o suficiente. Muito melhor transmitir categoria, apesar dos pesares.

A relação já não era das melhores do ponto de vista financeiro e, agora, tende a ser sustentada pela não resolução. Tem espaço pros dois sentimentos. É inegável o que a Band fez pela categoria. Deu destaque para as categorias de base, até a F1 Academy, categoria feminina, tem espaço. É a valorização dos brasileiros, como foi ver Felipe Drugovich conquistando o título da Fórmula 2 com três corridas de antecedência.

Mas há a saudade, pela nostalgia. Foi na Globo que o Brasil viu grandes vitórias de Senna. Viu Felipe Massa perder o título para Lewis Hamilton na última curva. Há a acusação do público por uma falta de "emoção" na Band. Bem, talvez o que falte seja uma conexão do público com a categoria e, sem brasileiros correndo, a emissora pode se desdobrar e não vai conseguir. O público quer emoção, e isso é a Fórmula 1 que tem que resolver. 

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