
Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas
Formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará (UFC). É repórter de Política do O POVO, com passagem pela área de Cotidiano. Apaixonada pela emoção do esporte e entusiasta de carros em alta velocidade nas pistas
Há uma lenda na Fórmula 1 que basta ter o melhor carro que automaticamente se ganha uma corrida e um campeonato. O piloto da McLaren, Lando Norris, era um dos que parecia acreditar nessa teoria. Era constante que ele, talvez por frustração ou talvez na tentativa de gerar um desgaste para os outros, fizesse comentários como “qualquer um poderia vencer qualquer corrida pilotando um carro competitivo como o da Mercedes”. Era 2021, e o jovem disse que se arrependeu.
Em 2023, disse: "Hamilton chegou à McLaren quando vencia títulos, se fosse hoje, não ganharia uma corrida". Perder dói, Norris viu duas hegemonias: de Lewis Hamilton e, depois, de alguém que correu ao seu lado na infância, Max Verstappen. Mas o jogo mudou, já que, desde a metade da temporada de 2024, ele passou a ter o carro mais rápido do grid. E ficou claro o que a sensatez aponta quando se fala de automobilismo. Nem sempre quem tem o carro mais rápido ganha, porque, além da máquina, há um fator humano que diverge de piloto para piloto.
Norris conseguia a pole, mas, na primeira volta ou mesmo na largada, via seus adversários passando na frente. A pressão também tirou bons pontos dele. Em 2025, desde os testes, embora meio incertos, a McLaren dava sinais que ia liderar e, isso, ia cobrar de seus pilotos. A Red Bull está longe de ter um carro ruim, mas também está longe da vantagem que tinha nos anos anteriores. Então, como explica a vitória de Verstappen? A pole que ele conseguiu em uma volta brilhante no Japão? O holandês até brincou, em entrevista à Viaplay:“Se eu estivesse naquele outro carro (McLaren), vocês nem me veriam mais”.
Antes, Norris reclamava do carro, depois reclamava dos outros pilotos. Agora, qual será a reclamação, além de seu próprio desempenho? E o foco — e cobrança — nele tem fundamento, já que está há mais tempo na equipe e, quando Oscar Piastri vai chegando perto, o time joga um banho de água fria. Se quer reclamar, que reclame com vitórias no bolso. E fica o alerta com a lembrança de 1995: um piloto em um carro inferior pode ganhar com boas estratégias e diante do erros de outros.
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