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Geopolítica mundial e os desafios do transporte marítimo
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Mestre em Ciência Política pela Universidade Clássica de Lisboa, Pós-graduada em Comércio Exterior pela Universidade Católica de Brasília, Presidente da Câmara Setorial de Comércio Exterior e Investimentos da Adece, Gerente do Centro Internacional de Negócios da FIEC, Membro do Conselho de Relações Internacionais da FIEC – CORIN.

Geopolítica mundial e os desafios do transporte marítimo

Não há previsão para normalização nos custos do frete marítimo na rota China-Brasil. Os preços sobem e os atrasos se tornaram frequentes
Tipo Opinião
Transporte marítimo enfrenta dificuldades (Foto: Mahmoud KHALED / AFP)
Foto: Mahmoud KHALED / AFP Transporte marítimo enfrenta dificuldades


A alta da temperatura mundial ilustra o ano de 2024 com eventos climáticos extremos. Um ano indiscutivelmente marcado por excessos... Queimadas, inundações e calor.

A economia global atravessa confrontos bem aquecidos. Disputas eleitorais em quatro continentes e em diversas nações do mundo. A eleição dos Estados Unidos apimenta o momento de “tensão”. Ucrânia e Rússia seguem em conflito. Não há previsão para um contexto de paz ou de cessar-fogo.

O cenário global do transporte não está diferente e passa por grandes desafios. Com os eventos resultantes da guerra Israel-Hamas, desde o final de 2023 enfrentamos impactos diretos no frete internacional, principalmente no marítimo.

Não há previsão para normalização nos custos do frete marítimo na rota China-Brasil. Os preços sobem e os atrasos se tornaram frequentes. No Brasil, as datas de chegada dos navios sofreram alterações significativas, causando uma verdadeira tribulação para importadores e consumidores.

Alguns especialistas atribuem uma combinação de fatores para esta situação: desvios pelo Cabo da Boa Esperança, demanda maior que a esperada, atrasos climáticos nos portos asiáticos...

O fato é que os ataques no Mar Vermelho resultaram em uma rota considerada de crescente instabilidade. As maiores empresas de transporte de contêineres, decidiram evitar o canal que conecta os Mares Mediterrâneo e Vermelho prezando pela segurança da tripulação e das mercadorias.

Desta forma, seguimos enfrentando um mar agitado que dificulta o tempo de entrega de cargas e encarece de forma expressiva os custos do transporte até o destino.

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