Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora
Cairo, onde a história se entrelaça com a espiritualidade, uma cidade que transcende o tempo e o espaço, carregando consigo segredos de antigas civilizações e a fervorosa devoção à religião muçulmana.
Foto: Larissa Lima
Uma das primeiras paradas obrigatórias em qualquer visita ao Cairo é a grande pirâmide de Quéops
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Ao chegar à capital do Egito, somos envolvidos pela grandiosidade e pela complexidade dessa metrópole multicultural. É uma cidade onde o antigo e o moderno coexistem de forma harmoniosa, onde os minaretes (torre) das mesquitas se erguem ao lado de arranha-céus reluzentes, e onde os souks (mercados) tradicionais convivem com shoppings luxuosos.
Uma das primeiras paradas obrigatórias em qualquer visita ao Cairo é a grande pirâmide de Quéops, uma maravilha do mundo antigo que continua a desafiar a compreensão humana. Ao contemplar essa estrutura, somos transportados de volta no tempo, para uma era em que os faraós reinavam supremos e os escravos erguiam monumentos à glória de seus governantes.
O silêncio majestoso das pirâmides é interrompido apenas pelo murmúrio do vento e pelo zumbido das vozes dos turistas maravilhados. E logo próximo, entre as areias douradas do deserto, repousa majestosa a enigmática Esfinge de Gizé, com sua figura leonina e rosto humano.
Mas o Cairo é muito mais do que apenas pirâmides e esfinges. É uma cidade vibrante, onde a vida cotidiana pulsa com uma intensidade contagiante, alimentada pela fé dos seus habitantes. Nas mesquitas, os fiéis se reúnem para as cinco orações diárias, guiados pelo chamado do muezzin que ecoa pelos minaretes. Podemos ouvir o chamado em toda a cidade, onde quer que estejamos. É uma experiência única testemunhar a devoção dos muçulmanos, que encontram conforto e inspiração em sua fé em meio à agitação da vida urbana.
Uma das experiências mais marcantes que tive durante minha estadia no Cairo foi um cruzeiro pelo Rio Nilo. As águas tranquilas nos levava em uma jornada através do tempo, passando por templos antigos e aldeias pitorescas, todas elas marcadas pela influência da religião islâmica.
O Nilo é a artéria vital do Egito, uma fonte de vida e prosperidade que tem alimentado as civilizações ao longo dos séculos, enquanto as mesquitas à sua margem servem como faróis de luz espiritual para os habitantes das comunidades ribeirinhas.
Mas nem tudo são maravilhas no Cairo. A cidade enfrenta desafios monumentais, desde o trânsito caótico até a poluição do ar, enquanto busca conciliar a tradição com a modernidade. Em meio ao caos urbano, é fácil esquecer que o Cairo é uma cidade de contrastes, onde a pobreza convive lado a lado com a riqueza. Nos bairros mais antigos da cidade, os edifícios desgastados abrigam comunidades que lutam para sobreviver em meio à adversidade, encontrando força e consolo em sua fé.
No entanto, é a resiliência e a hospitalidade do povo egípcio que deixam a maior impressão em quem visita o Cairo. Apesar das dificuldades que enfrentam, os egípcios são conhecidos por sua calorosa hospitalidade e sua generosidade inigualável, valores que são profundamente enraizados em sua religião. Em cafés locais, conhecidos como ahwas, os habitantes locais se reúnem para conversar, fumar shisha e desfrutar da companhia uns dos outros.
Levo comigo as histórias dos moradores locais que tive a sorte de conhecer, os sabores exóticos que provei e os momentos de contemplação diante das maravilhas antigas que ainda desafiam nossa compreensão. Mais do que isso, levo comigo uma profunda apreciação pela riqueza e pela diversidade do mundo em que vivemos, e um renovado senso de humildade diante da vastidão da história humana e da fé que a sustenta, pois o Cairo não é apenas uma localidade geográfica; é um estado de espírito, uma celebração da resiliência humana, da passagem do tempo e da fé que alimenta a alma das suas pessoas.
E embora minha viagem possa ter chegado ao fim, sei que as memórias e as lições que aprendi aqui viverão dentro de mim para sempre.
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