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Você conhece Siwa, o coração do deserto egípcio?
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Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora

Larissa Lima comportamento

Você conhece Siwa, o coração do deserto egípcio?

Ao chegar a Siwa, fui recebida pela visão de palmeiras e casas de barro caiadas de branco, contrastando com o azul profundo do céu do deserto.
Tipo Opinião
Nesse vasto deserto do oeste do Egito, as dunas ondulantes se estendem até onde os olhos podem ver (Foto: Larissa Lima)
Foto: Larissa Lima Nesse vasto deserto do oeste do Egito, as dunas ondulantes se estendem até onde os olhos podem ver

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Partindo da cidade do Cairo, fiz minha jornada final de um mês pelo Egito, em direção ao oeste, cruzando o vasto deserto Líbio em direção ao oásis de Siwa. A estrada era como se tivéssemos cortando dunas douradas e atravessando uma fronteira entre o mundo conhecido e o desconhecido, entre o caos urbano e a serenidade do deserto.

Nesse vasto deserto do oeste do Egito, onde as dunas ondulantes se estendem até onde os olhos podem ver, encontra-se Siwa, um oásis remoto e misterioso que guarda os segredos de séculos de história e tradição.

Ao chegar a Siwa, fui recebida pela visão de palmeiras e casas de barro caiadas de branco, contrastando com o azul profundo do céu do deserto. Nesta pequena cidade oásis, situada entre as dunas e as falésias de calcário, o tempo segue seu próprio ritmo, lento e sereno, como as águas que fluem dos poços artesianos.

Minha primeira parada em Siwa foi o Templo do Oráculo de Amom, um santuário antigo dedicado ao deus da fertilidade e da sabedoria. Esculpido na rocha viva, o templo tem uma atmosfera de mistério e reverência, como se estivesse envolto em uma aura de poder divino.

Os poços termais oferecem alívio do calor abrasador do deserto e rejuvenescimento para o corpo e a alma.(Foto: Larissa Lima)
Foto: Larissa Lima Os poços termais oferecem alívio do calor abrasador do deserto e rejuvenescimento para o corpo e a alma.

Os poços de água salgada de Siwa proporcionam uma experiência bem diferenciada, onde podemos flutuar nas águas cristalinas e sentir a leveza de nossos corpos, enquanto somos envolvidos pela serenidade do deserto ao seu redor. Os poços termais, conhecidos como Cleópatra's Bath e Fatnas Island, são como oásis dentro do oásis, oferecendo alívio do calor abrasador do deserto e rejuvenescimento para o corpo e a alma.

Durante minha estadia em Siwa, explorei os arredores da cidade, descobrindo os segredos escondidos nas dunas e nas montanhas. Visitei o antigo forte de Shali, uma fortaleza de argila que remonta ao século XIII, e subi até seu topo para contemplar as vistas deslumbrantes do oásis e do deserto além.

Caminhei pelas ruas estreitas da cidade com os habitantes locais. Pude, inclusive, ver um casamento sendo celebrado nas ruas, e passei uma noite ao som de música árabe, com muito chá, shisha e cultura local.

Mas foi durante uma excursão ao Grande Mar de Areia que experimentei uma das lembranças mais intensas que tive em todas minhas aventuras pelo mundo, até então. Este vasto deserto de dunas móveis, que se estende até onde os olhos podem ver, é um dos lugares mais remotos e intocados do Egito.

Enquanto caminhava pelas dunas ondulantes, senti-me pequena e insignificante diante da vastidão do deserto, mas também uma parte integrante de sua beleza e grandiosidade.

Ao pôr do sol, quando o céu se tingia de tons dourados encontrei-me em um estado de reverência silenciosa diante da majestosa natureza. E ganhei um grande presente neste dia: a lua cheia. Pude assistir o deserto se transformar em um mundo de sombras e mistérios sob a luz da lua, luz essa que iluminava com tanta sutileza tal imensidão.

Deitei-me naquela areia fina, e pude me despedir e agradecer por todo aprendizado, mergulho na história, na natureza, na fé e na vida, que vivenciei ali. Shukran Egito! Eterna Gratidão.

Foto do Larissa Lima

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