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Uma noite no museu em Amsterdã
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Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora

Larissa Lima comportamento

Uma noite no museu em Amsterdã

Os ingressos são limitados, mas eu consegui comprar com antecedência e curtir essa noite, que inicia em torno das 20 horas e vai até as 4 horas da manhã seguinte. Tive acesso liberado a todos os museus e, em cada um deles, havia um evento diferente
Tipo Opinião
Amsterdã é uma cidade com belos canais, ladeados por casas tortas e charmosas, que conquistam desde o primeiro momento. A colunista do OP+ aproveitou a visita para apreciar a "Noite no Museu"  (Foto: Larissa Lima)
Foto: Larissa Lima Amsterdã é uma cidade com belos canais, ladeados por casas tortas e charmosas, que conquistam desde o primeiro momento. A colunista do OP+ aproveitou a visita para apreciar a "Noite no Museu"

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Amsterdã, a capital da Holanda, me recebeu com um abraço frio e úmido de outono. Era início de novembro, e a cidade se preparava para o inverno, trocando suas cores vibrantes por tons mais sóbrios. Mas a beleza da cidade não se limitava às cores: seus belos canais, ladeados por casas tortas e charmosas, me conquistaram desde o primeiro momento.

Meus primeiros passos foram guiados pela melodia suave dos canais, onde barcos deslizavam serenamente. As pontes centenárias, como a icônica Magere Brug, servem como portais para diferentes bairros, cada um com seu charme e personalidade únicos. Labirinto de ruas estreitas e casas charmosas, fachadas ornamentadas e as flores que desabrocharam em suas janelas.

Naveguei pelos canais em um mini cruzeiro, observando a cidade de um ângulo diferente. As casas à beira-mar pareciam flutuar sobre a água, seus reflexos distorcidos criavam um efeito mágico.

Escolhi passar o primeiro final de semana de novembro lá, onde acontece um evento esperado o ano inteiro pelos holandeses: Museum Nacht, em português: Noite no Museu. Os ingressos são limitados, mas eu consegui comprar com antecedência e curtir essa noite, que inicia em torno das 20 horas e vai até as 4 horas da manhã seguinte. Tive acesso liberado a todos os museus e, em cada um deles, havia um evento diferente, como festas, apresentações, culinárias variadas e muito mais.

De repente, estava eu, na madrugada, no Rijksmuseum, lar de obras-primas de artistas holandeses como Rembrandt e Vermeer, comendo ao som de um DJ tocando e apreciando tais pinturas.

Segui depois para a Casa de Anne Frank, um local que me transportou para um capítulo sombrio da história. A casa é um local comovente e inspirador. Para quem, como eu, já leu o diário de Anne, você consegue sentir as emoções dolorosas que ela consegue descrever impressionantemente de forma leve e esperançosa. Não tenho nem palavras para explicar a visita a este museu.

Em seguida, finalizamos a noite por volta das duas horas da manhã no Pianola Museu, com lindas apresentações de pianistas de vários lugares do mundo.

Dediquei um dia inteiro ao Museu Van Gogh, imerso no universo vibrante e colorido do pintor. Cada obra era uma explosão de emoções, revelando a alma atormentada e o gênio criativo de Van Gogh. Sempre me encanto com as cores vibrantes e pinceladas expressivas do pintor holandês mais famoso. Obras como "Os Girassóis" e "O Quarto de Dormir" ganharam vida diante dos meus olhos, me transportando para o mundo único do artista.

Aproveitei a proximidade de suas cidades vizinhas e fui explorar um pouco mais a Holanda. E em apenas 15 minutos de Amsterdã, Haarlem surge como um refúgio encantador para quem busca uma experiência mais autêntica da Holanda. Com sua charmosa arquitetura medieval, ruas de paralelepípedos e canais tranquilos, Haarlem oferece um ritmo de vida mais tranquilo que a capital, sem perder a vibração cultural holandesa.

Haarlem é conhecida como a "cidade das flores" e, durante a primavera, os campos ao redor se transformam em um mar de cores vibrantes. A cidade também possui um centro histórico charmoso, com diversos museus, lojas e restaurantes.

Para quem deseja conhecer um pouco da história e cultura holandesa, Zaanse Schans é um museu a céu aberto imperdível. Localizado a cerca de 20 minutos de trem de Haarlem, Zaanse Schans reúne moinhos de vento históricos, casas de madeira tradicionais e oficinas de artesanato, proporcionando uma imersão na vida rural holandesa do século XVII.

E o melhor de tudo: muitos queijos. A intolerante a lactose que vos escreve, saiu de lá intoxicada e com uma sacola de queijos para trazer de volta ao Brasil. Afinal, não é sempre que vamos à Holanda, não é?

Haarlem e Zaanse Schans são destinos perfeitos para quem deseja explorar a Holanda além de Amsterdã, descobrindo a rica história, cultura e paisagens típicas do país.

De volta a Amsterdã, em um dos meus últimos dias, explorei o Vondelpark, um oásis verdejante no coração da cidade. Caminhei sob árvores centenárias, observei crianças brincando livremente e uma imensa quantidade de bicicletas a passar. A atmosfera serena do parque me proporcionou um momento de paz e reflexão, um respiro necessário em meio à agitação da cidade.

Para os amantes de cerveja, Amsterdã é um paraíso. Mas como eu não sou fã, acabei não conhecendo esse lado tão famoso da cidade.

Amsterdã não é apenas um destino turístico, é uma história que se mistura com a modernidade, a arte com a natureza e a tradição com a liberdade. A cidade me presenteou com experiências inesquecíveis e me relembrou que a beleza pode ser encontrada nos detalhes mais simples, nas cores vibrantes, nos aromas inebriantes e na gentileza do povo holandês.

Foto do Larissa Lima

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