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Entre o passado e o futuro: Shanghai
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Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora

Larissa Lima comportamento

Entre o passado e o futuro: Shanghai

Minha jornada por Shanghai me levou a três locais emblemáticos: The Bund, People’s Square e Yuyuan Street and Garden. Cada um deles é uma janela para uma faceta diferente da alma de Shanghai, e juntos, eles tecem uma rica história com muita cultura e modernidade
Tipo Opinião
Larissa Lima, colunista do OP+, afirma que há algo de hipnotizante nas ruas vibrantes de Shanghai,
Foto: Arquivo Pessoal Larissa Lima, colunista do OP+, afirma que há algo de hipnotizante nas ruas vibrantes de Shanghai, "nas fachadas dos edifícios que parecem desafiar o céu e na energia incessante que pulsa em cada esquina"

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Shanghai não é uma cidade que você visita; é uma cidade que te toma. Desde o primeiro momento em que pisei naquela terra, senti que estava entrando em um universo à parte, onde o passado e o futuro se entrelaçam em uma dança eterna. Há algo de hipnotizante em suas ruas vibrantes, nas fachadas dos edifícios que parecem desafiar o céu e na energia incessante que pulsa em cada esquina.

Devido a necessidade prévia de visto para turismo, eu só poderia passar 4 dias na China, e teria que permanecer na mesma cidade. Mas apesar de rápida, minha jornada por Shanghai me levou a três locais emblemáticos: The Bund, People’s Square e Yuyuan Street and Garden. Cada um deles é uma janela para uma faceta diferente da alma de Shanghai, e juntos, eles tecem uma rica história com muita cultura e modernidade.

Minha primeira parada foi The Bund, o famoso calçadão à beira do rio Huangpu, que oferece uma vista deslumbrante do horizonte da cidade. Ao caminhar ao longo do rio, senti-me transportada para um tempo em que Shanghai era o centro financeiro da Ásia, uma cidade que atraía comerciantes e aventureiros de todo o mundo. Os edifícios que margeiam The Bund são testemunhas silenciosas desse passado glorioso. Construídos durante o século XIX e início do século XX, eles exibem uma mistura eclética de estilos arquitetônicos.

O contraste entre essas estruturas históricas e os arranha-céus futuristas de Pudong, do outro lado do rio, é uma metáfora perfeita para a dualidade de Shanghai. De um lado, a cidade se apega às suas raízes, preservando o legado de seu passado; do outro, ela avança a passos largos em direção ao futuro, erguendo-se como um símbolo da modernidade. Ao observar a Torre Pérola Oriental, com seu design ousado e futurista, não pude deixar de pensar em como Shanghai consegue equilibrar esses dois mundos de forma tão harmoniosa.

Meu próximo destino foi People’s Square. A praça é cercada por alguns dos edifícios mais icônicos, incluindo o Museu de Shanghai, o Grande Teatro de Shanghai e a prefeitura. Ao caminhar pela praça, fui imediatamente cativada pela energia que emanava de todos os lados. People’s Square não é apenas um lugar de passagem, é um lugar de encontro. Aqui, encontrei pessoas de todas as idades, ocupadas em suas atividades diárias. Crianças corriam e brincavam, mães e pais procuravam esposos e esposas para seus filhos com cartazes com as descrições deles, os casais passeavam de mãos dadas e idosos conversavam e praticavam artes marciais. O som das conversas, risadas e música criava um pano de fundo animado, enquanto os arranha-céus ao redor lembravam que esta era, sem dúvida, uma metrópole do século XXI.

 Um oásis de tranquilidade em meio à agitação da cidade(Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Um oásis de tranquilidade em meio à agitação da cidade

Meu ultimo dia foi em Yuyuan Street and Garden, um local que prometia uma experiência completamente diferente. Localizado no coração da Cidade Velha de Shanghai, Yuyuan Garden é um oásis de tranquilidade em meio à agitação da cidade. Os jardins, com seus lagos calmos, pontes arqueadas e pavilhões tradicionais, são uma representação perfeita da estética clássica chinesa.

Yuyuan Garden foi construído durante a Dinastia Ming, e cada pedra, cada árvore, parece ter sido colocada com um propósito específico, criando um ambiente harmonioso e equilibrado. Passei horas explorando os diferentes cantos do jardim, admirando a beleza dos bonsais, das flores e das estruturas antigas. O contraste entre a serenidade de Yuyuan e a energia vibrante de The Bund e People’s Square era marcante, mas ambos faziam parte da mesma cidade, da mesma alma.

Ao sair do jardim, decidi explorar as ruas ao redor. Yuyuan Street é um labirinto de lojas e barracas que vendem de tudo, desde lembranças turísticas até artesanatos tradicionais. A arquitetura das lojas, com seus telhados curvos e fachadas ornamentadas, me transportou de volta no tempo. O som das conversas em mandarim, o aroma de comida de rua e a visão das lanternas vermelhas balançando suavemente ao vento criaram uma atmosfera encantadora, que parecia tirada diretamente de um conto de fadas.

Não sei se minhas expectativas estavam baixas, mas Shanghai realmente superou e impressionou todas elas. Senti uma profunda gratidão por ter tido a oportunidade de explorar uma cidade tão rica em história e cultura, mesmo que de passagem. Espero voltar em breve com mais tempo e com mais destinos à China.

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