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Iniciando uma jornada ao Japão por Osaka
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Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora

Larissa Lima comportamento

Iniciando uma jornada ao Japão por Osaka

Existem cidades que nos convidam a sonhar, outras que nos envolvem em um abraço caloroso, e há aquelas que nos desafiam a ver o mundo através dos nossos próprios olhos. Osaka é uma delas
Tipo Opinião
Distrito mais vibrante e animado de Osaka, Dotonbori é uma festa para os sentidos: as luzes neon piscam incessantemente e os sons das vozes misturam-se ao som das máquinas
 (Foto: Arquivo Pessoal)
Foto: Arquivo Pessoal Distrito mais vibrante e animado de Osaka, Dotonbori é uma festa para os sentidos: as luzes neon piscam incessantemente e os sons das vozes misturam-se ao som das máquinas


Sempre imaginei que ir ao Japão seria, literalmente, ir ao outro lado do mundo. O que parecia muitas vezes um sonho impossível. E eu não poderia ter escolhido um lugar melhor para começar essa longa experiência: Osaka.

Existem cidades que nos convidam a sonhar, outras que nos envolvem em um abraço caloroso, e há aquelas que nos desafiam a ver o mundo através dos nossos próprios olhos. Osaka, no Japão, é uma dessas cidades.

Osaka me recebeu com uma explosão de luzes, sons e cheiros. Assim que desembarquei na estação de trem de Shin-Osaka, fui imediatamente envolvida pelo ritmo frenético da cidade. Osaka, conhecida como a "Cozinha do Japão", é um paraíso para os amantes da gastronomia, e eu estava ansiosa para experimentar as delícias que a cidade tinha a oferecer. Mas antes de me perder nos sabores, decidi explorar alguns dos pontos mais icônicos da cidade.

Minha primeira parada foi o Castelo de Osaka, uma imponente fortaleza que se ergue no coração da cidade. Construído originalmente no final do século XVI, o castelo é um símbolo da unificação do Japão sob o comando do lendário guerreiro Toyotomi Hideyoshi. A grandiosidade da estrutura é impressionante, e ao atravessar o fosso e adentrar o recinto, fui para uma época em que samurais caminhavam por aquelas mesmas pedras. O interior do castelo foi transformado em um museu moderno, que narra a história da construção e das batalhas que ocorreram ali. Subi até o topo, onde fui recompensada com uma vista panorâmica de Osaka, afinal só subo topos para ter recompensas como essas (tenho um pouco de medo de altura).

De lá, pude ver como a cidade se estendia em todas as direções, uma mistura de arranha-céus modernos e templos antigos, intercalados por áreas verdes que ofereciam um respiro no meio da agitação urbana. O contraste entre o antigo e o novo era evidente, e enquanto observava aquela vista, pensei em como Osaka havia evoluído ao longo dos séculos, mantendo suas raízes, mas sempre olhando para o futuro.

Deixando o castelo para trás, decidi me aventurar nas ruas de Dotonbori, o distrito mais vibrante e animado de Osaka. Dotonbori é uma festa para os sentidos: as luzes neon piscam incessantemente, os sons das vozes misturam-se ao som das máquinas, e o cheiro irresistível de takoyaki (bolinhos de polvo), uma especialidade local, enche o ar. Caminhei pelas margens do canal energizada com aquele lugar. Pessoas de todas as idades e nacionalidades passavam por mim, cada uma absorvida nessa energia de Osaka.

Fui atraída por um dos meus pontos fracos: caranguejo. Pedi uma porção de patas cruas e me sentei à beira do canal para saborear. A primeira mordida foi uma explosão de sabor daquela carne tão macia e tão fresca. Enquanto comia, observei as pessoas ao meu redor e percebi que, apesar do caos aparente, havia uma harmonia subjacente que permeava tudo em Osaka. Depois iria perceber que é uma harmonia bem japonesa. Era como se a cidade estivesse em constante movimento, mas ao mesmo tempo, havia uma sensação de calma e propósito em cada ação.

E não poderia ir embora antes de explorar o bairro de Umeda, conhecido por seus arranha-céus e centros comerciais. Umeda é o coração comercial de Osaka, e enquanto caminhava pelas ruas iluminadas por letreiros de neon, percebi como a cidade é uma fusão de culturas e influências. Lojas de marcas internacionais convivem ao lado de lojas tradicionais japonesas, e os restaurantes oferecem desde sushi fresco até pratos de fusão que misturam sabores do Oriente e do Ocidente.

Aproveitei para conhecer a famosa Don Quijote e explorar as várias seções dedicadas à moda, estética, tecnologia e, claro, muita comida. Os andares eram um verdadeiro paraíso de miudezas, me senti teletransportada para dentro de um marketplace, juro. E depois, fiz mais uma refeição inesquecível, dessa vez fui experimentar Udon (um tipo de macarrão), que no meu caso, foi gelado. Uma experiência um tanto curiosa, talvez seja esse o melhor adjetivo a ser usado.

Enquanto comia, pensei em como Osaka tinha um profundo amor pela vida, pela cultura e pela história. Definitivamente, escolhi a cidade certa para começar minha imersão na cultura e na vida japonesa.

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