Com formação em desenvolvimento mobile pelo IFCE e pela Apple Academy, junto ao seu conhecimento em Design e Animação, atuação em UI|UX e experiência na criação de aplicativo móveis, fundou a Startup Mercadapp. É amante dos livros, da música, do teatro e do ballet. Tudo isso sempre junto e misturado a tecnologia e inovação. Escrever sempre foi seu refúgio dentro dessa jornada tão desafiadora, que é ser uma jovem mulher empreendedora
Minha jornada para contemplar essa montanha lendária começou no Arakurayama Sengen Park, um dos mirantes mais icônicos do Japão, a poucas hora de Tóquio. A caminhada até o topo, passando por uma longa escadaria que leva à famosa pagoda Chureito, foi exigente, mas cada passo me aproximava de um momento sublime. Quando finalmente alcancei o mirante, o Monte Fuji apareceu em todo o seu esplendor, com o topo nevado contrastando com o céu azul.
A vista era de tirar o fôlego: a pagoda vermelha em primeiro plano, e ao fundo, o Fuji, silencioso e imponente, dominava a paisagem. O vento soprava levemente, e o silêncio era quase reverente apesar de estar rodeada de um número incontável de turistas tão impressionados quanto eu. Aquele instante parecia suspenso no tempo, como se o próprio Fuji tivesse o poder de desacelerar o ritmo do mundo.
Fui conhecer o Monte juntamente com um grupo. E o guia de nossa excursão nos contou que o Monte Fuji é muito mais do que uma montanha; para os japoneses, ele é sagrado e cercado de lendas antigas. Uma das histórias mais conhecidas sobre o Monte Fuji explica o mistério de seu topo eternamente branco. Diz a lenda que, após o vulcão explodir e formar a montanha em uma única noite, os deuses decidiram coroar seu pico com neve eterna como um símbolo de pureza e divindade. Essa neve, que nunca derrete completamente, é um presente divino, fazendo do Fuji uma montanha única. Enquanto outros montes ao redor perdem sua neve ao longo das estações, o Fuji mantém o topo coberto. Sim, é isso mesmo, o ano inteiro. Como se estivesse envolto em uma capa celestial, reafirmando seu status de morada dos deuses.
Claro que eu fui pesquisar sobre e existe uma explicação científica para o Monte Fuji estar quase sempre coberto de neve no topo. O Monte Fuji, sendo o ponto mais alto do Japão com cerca de 3.776 metros de altitude, tem uma temperatura média mais baixa do que as áreas circundantes, o que faz com que a neve permaneça em seu cume durante grande parte do ano. Em altitudes elevadas, a temperatura geralmente diminui, e no caso do Monte Fuji, a temperatura no topo pode ficar abaixo de zero, mesmo durante o verão. Mas eu prefiro acreditar na lenda que me foi contada, afinal, a vida tem muito mais brilho com as lendas locais.
Depois de absorver a grandiosidade do Fuji, segui em direção a Oshino Hakkai, uma vila pitoresca conhecida por suas oito lagoas de águas cristalinas, alimentadas pelo degelo da montanha. Chegando lá, fui recebido por um cenário inesquecível: as águas límpidas refletiam o céu e o Monte Fuji à distância com uma clareza impressionante. As lagoas, com suas cores azuladas, pareciam joias líquidas incrustadas na terra. O som da água corrente e o murmúrio do vento entre as árvores criavam uma atmosfera de tranquilidade absoluta.
Caminhei lentamente entre as lagoas, observando os peixes nadando preguiçosamente e as pontes de madeira que conectam pequenas ilhas verdes. Oshino Hakkai preserva a simplicidade e a serenidade do Japão rural, onde o tempo parece ter parado. Enquanto os visitantes se moviam ao redor, o Monte Fuji permanecia visível no horizonte, seu pico branco como um lembrete constante de sua presença divina.
Ao final da tarde, enquanto o sol começava a se esconder, o Fuji refletido nas águas de Oshino parecia ainda mais majestoso. A combinação da grandiosidade da montanha e a tranquilidade do vilarejo me fez perceber que essa viagem não era apenas sobre paisagens deslumbrantes, mas também sobre a harmonia entre a força da natureza e a serenidade da vida simples, da fé. O Monte Fuji, com seu topo eternamente branco, permanece como um símbolo não apenas da beleza natural do Japão, mas também de sua profunda conexão espiritual com o mundo ao seu redor.
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