
Arquiteta, é idealizadora do Estar Urbano - Ateliê de Arquitetura e Urbanismo, que já recebeu oito premiações na Casa Cor Ceará. Docente da Especialização em Arquitetura Sustentável da Universidade de Fortaleza (Unifor)
Arquiteta, é idealizadora do Estar Urbano - Ateliê de Arquitetura e Urbanismo, que já recebeu oito premiações na Casa Cor Ceará. Docente da Especialização em Arquitetura Sustentável da Universidade de Fortaleza (Unifor)
Saímos de tensas eleições em Fortaleza e acredito que fica após elas, muitas reflexões. Sinto que temos debatido menos sobre os rumos da cidade, num sentido mais pragmático da questão, para debater mais sobre visões de vida, de comportamento, do qual as pessoas se identificam ou não. É impossível que convergimos numa perspectiva tão pessoal, diante de uma cultura tão diversa, graças a Deus, quanto a nossa.
Para qualquer proposta de gestão democrática da cidade, a participação ativa dos cidadãos nas políticas públicas é fundamental. É uma forma de garantir que a população seja a peça central no processo de tomada de decisões, num ambiente verdadeiramente inclusivo e colaborativo.
Mas os cidadãos precisam sentir que têm a oportunidade de expressar suas opiniões e influenciar diretamente nas decisões que afetam o espaço urbano, independente de sua linha via política. A busca pela transparência só gera confiança e contribui para a criação de políticas públicas mais efetivas e participantes mais engajados. Uma boa política pública é quase sempre bem reconhecida pela população, porque ela atinge a grande maioria e tem impacto maior nos mais vulneráveis. Dessa forma, uma cidade verdadeiramente democrática com cidadãos conscientes, valoriza o controle social e a inclusão social.
A gestão democrática visa principalmente diminuir as desigualdades urbanas, promovendo o acesso universal aos serviços e garantindo que todas as regiões da cidade, especialmente as periféricas, tenham seus direitos atendidos. Aspectos como mobilidade urbana, habitação digna e serviços de qualidade para todos, devem ser priorizados nas áreas mais vulneráveis sempre.
Em síntese, a gestão que se deve buscar é a que ofereça um caminho possível para um desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. Para que este modelo seja eficaz, é essencial o compromisso das autoridades em escutar e considerar as demandas reais da população, para além de suas insígnias, e assim garantir que as cidades se tornem espaços de convivência mais justos e colaborativos.
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