Logo O POVO+
Paris: Um hino ao amor envolvendo o mundo
Foto de Lêda Maria
clique para exibir bio do colunista

A jornalista, poeta e escritora Lêda Maria escreve sobre política, cultura e sociedade. É autora de duas edições do livro ''Memória Gastronômica das Famílias Cearenses'' e participante de várias antologias nacionais e internacionais, como ''A Literatura das Mulheres da Floresta'' e ''Assim Escrevem as Brasileiras''.

Lêda Maria comportamento

Paris: Um hino ao amor envolvendo o mundo

A chuva mais forte caindo como benção divina à solenidade e aos atletas, acompanhava todo o ritual daquele projeto maior registrando entre detalhes sutis o lema francês de igualdade, fraternidade e... alegrias

A abertura da solenidade das Olimpíadas em Paris, na tarde noite da sexta-feira, 26, foi um dos mais belos espetáculos que já assistimos. No cenário que o mundo esportivo se reunia entusiasticamente, parecia não haver espaço lembrando guerra, discriminação, separativismo, cara feia. Havia um apagão dessa realidade. Era então espelhada a flutuação das águas do Sena para avivar emoções, palavras e sorrisos em nome da paz e da alegria. Linguagem especial unindo 205 países.

Através da música (ópera, rock e funk barroco), do teatro, do malabarismo, da arte (peças do Museu do Louvre habitavam o Sena), além de um grande desfile revelando os grandes e novos estilistas da capital mundial da moda, a programação foi amplamente, espetacular. Um barco inclusive, réplica do Jardim de Versailles trouxe atletas praticando skate, ciclismo e brincadeiras infantis provando a força da criatividade.

Paris mostrava ao mundo o glamour e o compromisso com a arte e a beleza, espalhando-se e inundando a paisagem linda do Rio Sena e de outros pontos famosos em tarde e noite de um dia inesquecível.

Mas o esplendor veio ao final. A chuva mais forte caindo como benção divina à solenidade e aos atletas, acompanhava todo o ritual daquele projeto maior registrando entre detalhes sutis o lema francês de igualdade, fraternidade e... alegrias. Expresso no sorriso da multidão, dos atletas e das autoridades saudantes. A festa explodiu de encantamento quando um grupo de ídolos do esporte da França a pira olímpica foi acesa às margens do Rio Sena e à frente da Torre Eiffel. E foi seguindo, circulando entre a multidão que delirava, até chegar a um grande balão, simbolizando a sua história de lançamento no século XVIII. De volta em sua plenitude simbólica, o balão subiu envolvido no brilho de luzes amarelas, indo às alturas como misturando-se aos satélites, até bem próximo ao Museu Du Louvre.

Dava idéia de encerramento. Porém, surpresa...O final da solenidade, mantinha a explosão de beleza. Entre emoções e recordações (a colunista foi às lágrimas) todos puderam ver e ouvir L'Hymne à l'amour (Hino ao Amor) na voz de Celine Dion, linda, afinadíssima, não deixando de fazer lembrar sua batalha e vitória sobre enfermidade grave que lhe envolve. Dans Le bleu de toute l'immensité a noite ganhou a plenitude da luminosidade, beleza, da amorosidade e os atletas participantes da maratona esportiva mundial ganharam entusiasmo e motivação para durante duas semanas de competições mostrarem ao mundo o esporte como linguagem de paz.

 

Foto do Lêda Maria

Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?