
Cientista política e professora do Centro universitário de Maceió (Unima/Afya)
Cientista política e professora do Centro universitário de Maceió (Unima/Afya)
No final de agosto foi realizada uma pesquisa espontânea e estipulada pela Quaest em Maceió, na qual entrevistou 900 eleitores, com margem de erro de 3 pontos e dentro do nível de confiança de 95%. Entre os resultados chama a atenção o número de indecisos na pesquisa espontânea. As perguntas espontâneas, diferente das estipuladas que apresentam o nome e a sigla dos candidatos para a escolha objetiva dos entrevistados, trabalham com o conhecimento do eleitor dos candidatos na disputa. Ao apresentar a pergunta de forma aberta revela bastante sobre o cenário das eleições nesse comecinho de pleito.
No total da pesquisa espontânea quando perguntados sobre sua intenção de voto, sem ter nenhuma alternativa para marcar, 58% dos eleitores entrevistados definiu-se como indeciso, 37% declararam voto em João Henrique Caldas (JHC), atual prefeito, do PL, e 2% no candidato Rafael Brito, do MDB. Nos recortes (Idade, Raça e Sexo) os indecisos seguem a frente, a exceção da renda, em que 50% daqueles que declararam renda mensal de mais de 7 salários mínimos indicaram o nome do atual prefeito JHC para o pleito. Em todos cenários na estipulada, o atual incumbente está bem à frente do segundo colocado, indicando até a possibilidade de não ter segundo turno.
O cenário da espontânea revela um problema que o grupo ligado ao governo do Estado, representado pela candidatura de Rafael Brito enfrenta na capital do Estado. Brito, apesar de ser Deputado Federal, e ter sido secretário de governo na gestão de Renan Calheiros Filho, e ter seu nome associado a Programas Sociais importantes, como o Criança Alagoana (CRIA), Cartão Escola 10 e o Programa Federal Pé de Meia, é um desconhecido da população maceioense. A oposição ao atual prefeito e ao grupo de Arthur Lira, não conseguiu apresentar um nome competitivo para o pleito.
De todo modo, o bacana da democracia é a incerteza. Não tem jogo ganho. Se no mês que resta a oposição ao atual prefeito consiga articular na campanha o controverso acordo que a prefeitura fez com Braskem em relação a indenização pelo afundamento do solo que atingiu mais de 60 mil maceioenses, a difícil situação de mobilidade urbana na cidade de Maceió e a questão dos funcionários municipais da saúde que pleiteiam melhores salários e condições de trabalho, é possível vislumbrar um segundo turno. n
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