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Vojvoda sempre tem um plano
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Vojvoda sempre tem um plano

Nos momentos críticos, Vojvoda cresce. O trabalho é incansável nos bastidores para buscar soluções e resgatar o bom futebol do escrete tricolor
Tipo Opinião
Técnico Vojvoda no jogo Fortaleza x Cruzeiro, no Castelão, pelo Campeonato Brasileiro Série A 2024 (Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC)
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC Técnico Vojvoda no jogo Fortaleza x Cruzeiro, no Castelão, pelo Campeonato Brasileiro Série A 2024

A reinvenção de Juan Pablo Vojvoda é constante em quatro anos de trabalho. O argentino sempre tem uma carta na manga para reestruturar a equipe e recolocá-la no trilho das vitórias.

Nos momentos críticos, Vojvoda cresce. O trabalho é incansável nos bastidores para buscar soluções e resgatar o bom futebol do escrete tricolor. Em 2024, não foi diferente. Depois de um período de oscilação, o treinador do Pici parece ter reencontrado uma fórmula mais competitiva para o time e vê os resultados positivos reaparecerem.

A vitória sobre o Boca Juniors consolida o novo momento do Fortaleza em 2024, pós-perda do título estadual, com o resgate do 3-5-2 e o crescimento de peças individuais, como Pochettino, Lucero e Yago Pikachu.

O meia argentino começou a temporada totalmente em baixa. Vojvoda apostou no camisa 7 para substituir Caio Alexandre na volância, mas não deu certo. Na sua posição de origem, como meio-campista mais avançado, Calebe e Kervin se tornaram os donos do setor.

Quando Pochettino vivia período de esquecimento no elenco tricolor, Vojvoda o bancou na titularidade e voltou a escalá-lo como meia avançado. E o argentino agarrou a oportunidade, cresceu de produção e ganhou protagonismo na equipe. A atuação diante do Boca, com três assistências, foi de manual.

Lucero é outro que teve um início oscilante. Quando Vojvoda mudou o esquema, passando a utilizar dois atacantes, o camisa 9 ganhou mais liberdade para flutuar no ataque. E as mudanças táticas surtiram efeito no desempenho do "Gato". Decidiu não só diante dos xeneizes, mas balançou as redes seis vezes nos últimos cinco jogos.

Pikachu é outro que voltou a ser decisivo. Como ala-direito, com variações táticas que o colocam como um terceiro atacante na fase ofensiva, o jogador evoluiu e recuperou espaço na equipe. Já são cinco gols nos últimos sete jogos, incluindo os dois contra o Boca.

Vojvoda já bancou diversos jogadores em fases ruins e mostrou que estava certo mais adiante. Pedro Augusto, desacreditado e perseguido por ter perdido o pênalti que daria o título da Sul-Americana, ressurge no clube por pura insistência do técnico argentino, que sempre confiou no atleta.

O volante atuou como zagueiro diante do Boca e deu conta do recado. Nas redes sociais, antes inimaginável, ganhou o apoio dos torcedores tricolores. Polivalente, Pedro tem margem para crescer e apagar de vez a imagem negativa deixada pelo pênalti desperdiçado.

A evolução da equipe é mérito de Vojvoda. O argentino sempre tem um plano para fazer o Fortaleza crescer.

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