Em um mês com Condé, Ceará cresce de produção, atinge 1ª meta e encosta no G-4
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Em um mês com Condé, Ceará cresce de produção, atinge 1ª meta e encosta no G-4
O que mais chamou atenção foi a evolução tática apresentada pelo time. Sob a batuta de Condé, jogadores como Lucas Mugni e Lourenço passaram a dominar o meio de campo
Foto: Davi Rocha/Especial para O POVO
Técnico Léo Condé foi campeão da Série B em 2023, pelo Vitória
A chegada de Léo Condé ao comando técnico do Ceará representou uma guinada no desempenho da equipe na Série B do Campeonato Brasileiro. A saída de Vagner Mancini, que deixou o Vovô em uma situação preocupante na tabela, abriu espaço para um novo momento de resgate do potencial do elenco alvinegro.
Quando Mancini foi demitido, o Ceará acumulava três partidas sem vitória e estava perigosamente próximo da zona de rebaixamento, com apenas dois pontos de vantagem para o Z-4. Naquele momento, a equipe parecia perdida em campo, sem identidade e sem confiança, fatores que contribuíram para a queda de rendimento e para o aumento da pressão sobre a diretoria e os jogadores.
Logo após a saída, houve um jogo sob o comando de Anderson Batatais, auxiliar-técnico, que assegurou um triunfo sobre o Ituano. Mas foi a chegada de Léo Condé que realmente iniciou um processo de transformação.
Léo Condé estreou na 14ª rodada, em uma situação onde o Ceará se encontrava a cinco pontos do Z-4 e a três do G-4. A pressão por resultados era imensa, e Condé sabia que, para devolver a confiança à equipe, precisaria primeiro reestruturar o sistema tático. As duas primeiras derrotas sob seu comando poderiam ter sido um balde de água fria, mas o técnico não se deixou abater e rapidamente implementou ajustes que começaram a dar frutos.
Nos quatro jogos seguintes, três vitórias e uma empate. Com pouco mais de um mês de trabalho, o Ceará conquistou 10 pontos de 18 disputados, atingiu a meta estipulada pelo treinador de terminar o 1º turno entre dez primeiros colocados e próximo do G-4 e resgatou a confiança da torcida.
O que mais chamou atenção foi a evolução tática apresentada pelo time. Sob a batuta de Condé, jogadores como Lucas Mugni e Lourenço passaram a dominar o meio de campo, ditando o ritmo das partidas e proporcionando maior fluidez ao jogo do Vovô. O destaque individual de Erick Pulga também foi crucial, com o atacante voltando a ser decisivo e marcando quatro gols nos últimos três jogos.
O ataque marcou 11 gols em seis partidas. Esse poder de fogo foi essencial para colocar o Ceará de volta na briga pelo G-4 na tabela, onde atualmente ocupa a sexta posição, com 29 pontos, apenas um atrás do grupo de acesso. O fantasma do Z-4 já não está em pauta — o escrete cearense abriu dez pontos de distância.
No entanto, nem tudo são flores. A defesa do Ceará ainda requer ajustes. Embora haja uma evolução em relação ao apresentado com Mancini, o sistema defensivo ainda apresenta falhas que precisam ser corrigidas para que o time se torne realmente equilibrado. Condé precisará focar nesse aspecto se quiser manter o Ceará na luta pelo acesso até o final da competição.
O cenário para o segundo turno é positivo. Léo Condé conseguiu não só recuperar a moral da equipe, mas também implantar um estilo de jogo que começa a render bons resultados. Se mantiver a evolução e corrigir as fragilidades defensivas, o Ceará tem todas as condições de conquistar o acesso à Série A.
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