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Zaga do Ceará é o calcanhar de Aquiles da equipe na Série B
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Zaga do Ceará é o calcanhar de Aquiles da equipe na Série B

derrota por 2 a 1 para o Mirassol, pela 21ª rodada, não só distanciou o Alvinegro do G-4, mas também reafirmou uma dura realidade: o time não consegue se firmar entre os melhores da competição devido à sua frágil defesa
Matheus Bahia, lateral-esquerdo do Ceará, durante confronto diante do Mirassol, pela Série B (Foto: Davi Rocha / Especial para O POVO)
Foto: Davi Rocha / Especial para O POVO Matheus Bahia, lateral-esquerdo do Ceará, durante confronto diante do Mirassol, pela Série B

O que deveria ser uma noite de afirmação para o Ceará, com o Castelão lotado, transformou-se em um pesadelo que expõe, mais uma vez, as fragilidades de um sistema defensivo que tem se mostrado o maior obstáculo para as aspirações do clube na Série B do Campeonato Brasileiro. A derrota por 2 a 1 para o Mirassol, pela 21ª rodada, não só distanciou o Alvinegro do G-4, mas também reafirmou uma dura realidade: o time não consegue se firmar entre os melhores da competição devido à sua frágil defesa, o calcanhar de Aquiles da equipe.

O sistema defensivo do Ceará confirmou sua vulnerabilidade ao ser vazado duas vezes pelo Mirassol, time que pouco ameaçou nos 90 minutos, mas foi letal nas poucas oportunidades que teve. O Alvinegro, por sua vez, foi dono das ações durante a maior parte do jogo, criando um volume ofensivo impressionante, com 33 finalizações, mas a defesa, mais uma vez, não correspondeu.

Nos últimos dez jogos, o Alvinegro só conseguiu manter o zero no placar em uma ocasião. Essa incapacidade de proteger a própria meta é um sintoma claro de um sistema defensivo desorganizado e frágil.

Na partida contra o Mirassol, isso ficou evidente desde o primeiro gol, sofrido em uma jogada aérea, um problema conhecido do escrete cearense. Não há como ignorar o fato de que a defesa do Ceará é uma das mais vazadas da Série B, o que faz soar o alarme de que, enquanto esse problema persistir, sonhar com o acesso à Série A continuará sendo uma ilusão.

Ataque produz, mas defesa sabota

O Ceará teve o controle do jogo. Encarou o Mirassol de frente, com um ataque que foi criativo e insistente, mas que encontrou um Muralha inspirado, o goleiro com mais partidas sem sofrer gols na competição. Entretanto, mesmo diante de tamanha resistência, fica a sensação de que, se o Ceará tivesse uma defesa minimamente eficiente, o resultado poderia ter sido diferente.

O zagueiro Matheus Felipe, em particular, simboliza o colapso defensivo do Ceará. A expulsão na reta final, quando o placar ainda estava empatado, prejudicou a equipe. O golpe de misericórdia veio com pênalti infantil cometido por Paulo Victor nos acréscimos.

Matheus Felipe, que mais tem chamado atenção pelas reclamações e gestos do que pelo futebol, vem se tornando um problema no time alvinegro.

A derrota para o Mirassol é um golpe duro nas pretensões do Ceará de encostar o G-4. Se por um lado o ataque mostrou competência e criatividade, por outro, a defesa continua sendo o ponto fraco que sabota os avanços da equipe. Sem uma zaga sólida e confiável, as chances de brigar por uma vaga na elite do futebol brasileiro diminuem drasticamente.

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