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Gol perdido por Kayzer daria emoção, mas Fortaleza esteve muito distante de classificação
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Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

Gol perdido por Kayzer daria emoção, mas Fortaleza esteve muito distante de classificação

A eliminação é ainda mais dolorosa porque contrasta com a campanha brilhante que o time vinha fazendo na Sul-Americana. Corinthians foi superior em todos os aspectos e mereceu a classificação
Renato Kayzer, centroavante do Fortaleza, foi titular contra o Corinthians na segunda partida das quartas de final da Sul-Americana (Foto: MATEUS LOTIF/FORTALEZA EC)
Foto: MATEUS LOTIF/FORTALEZA EC Renato Kayzer, centroavante do Fortaleza, foi titular contra o Corinthians na segunda partida das quartas de final da Sul-Americana

O lance perdido por Renato Kayzer, no segundo tempo, com o placar ainda em 0 a 0, certamente vai ficar na memória do torcedor do Fortaleza como um dos momentos mais frustrantes da partida contra o Corinthians, em Itaquera-SP, no jogo da volta das quartas de final da Sul-Americana. Se a bola tivesse entrado, poderia ter reacendido uma centelha de esperança, oferecendo alguma emoção à disputa contra o Timão, que já tinha uma vantagem confortável após o 2 a 0 no Castelão. Contudo, a verdade é que esse erro isolado não foi o fator decisivo para a eliminação do Leão no torneio internacional.

Logo após o desperdício de Kayzer, o Corinthians não perdoou. Romero abriu o placar, e depois os gols de Coronado e Pedro Henrique enterraram de vez qualquer possibilidade de reação, fechando o agregado em um impiedoso 5 a 0. O que ficou claro durante todo o confronto é que o Fortaleza esteve longe de competir em pé de igualdade com o adversário. O problema era muito maior do que o gol perdido.

Nos 180 minutos do duelo, o time de Juan Pablo Vojvoda foi completamente dominado. A defesa, que em outros momentos se mostrou sólida, estava desorganizada e vulnerável. O meio-campo, outrora criativo e capaz de ditar o ritmo de jogo, não conseguia encontrar soluções para furar a marcação adversária. E o ataque, que já brilhou contra gigantes como Palmeiras e Flamengo, parecia impotente diante do gol defendido por Hugo Souza.

Esse Fortaleza que vimos nas quartas de final foi uma versão irreconhecível daquele que liderou seu grupo na competição e foi cotado como um dos favoritos ao título.

A eliminação é ainda mais dolorosa porque contrasta com a campanha brilhante que o time vinha fazendo na Sul-Americana. A equipe cearense chegou a vencer o Boca Juniors no Castelão por 4 a 2 e empatar na Bombonera e se classificou como líder de um grupo difícil. A confiança era alta, e a expectativa de uma nova final era palpável. No entanto, o futebol apresentado contra o Corinthians mostrou um Fortaleza aquém do esperado, incapaz de sustentar o favoritismo que construiu durante a competição.

Não foi o erro de Kayzer que eliminou o Fortaleza. O gol perdido é apenas um reflexo de uma atuação coletiva abaixo da média, com falhas táticas, falta de organização e pouca eficiência ofensiva. O Corinthians foi superior em todos os aspectos e mereceu a classificação.

Agora, resta ao Fortaleza direcionar todas as suas energias para a Série A. O Tricolor ocupa a terceira posição, com quatro pontos a menos que o líder Botafogo. O Brasileirão se torna, a partir de agora, o único foco do clube, e a briga pelo título nacional é uma realidade. Se o time conseguir retomar o futebol que o levou a uma sequência invicta de 12 jogos, incluindo vitórias sobre adversários de peso, tem tudo para voltar a encantar e alcançar voos maiores.

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