Lucas Mota é repórter de Esportes de O POVO. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Foto: Paulo Paiva/Sport Recife
Matheus Bahia e Lucas Lima disputam lance no jogo Ceará x Sport, no Castelão, pelo Campeonato Brasileiro Série B 2024
Existe algum ambiente profissional tão dinâmico e imprevisível quanto o futebol? É como uma montanha-russa incessante de emoções e destinos. Em fração de segundos, heróis viram vilões, vilões ressurgem como heróis, e, assim, a roda do futebol continua girando, sem jamais parar.
Até por isso vemos inúmeras "voltas por cima" serem contadas a cada temporada. Uma interessante está acontecendo na Série B do Campeonato Brasileiro. Aos 34 anos, Lucas Lima é protagonista na jornada do Sport em busca do acesso para a primeira divisão.
O meia, que "explodiu" vestindo a camisa do Santos, entre 2014 e 2017, e chegou à seleção brasileira, vinha em pleno declínio na carreira. Desde a saída do Peixe, o canhoto não conseguiu repetir o mesmo futebol.
Uma passagem apagada pelo Palmeiras, na qual o clube investiu R$ 60 milhões e obteve pouco retorno. Por quase quatro anos, o meia não foi nem sombra daquele jogador talentoso que encantou a Vila Belmiro. No Fortaleza (2021 e 2022) e no seu retorno ao Santos, em 2023, as atuações seguiram sem brilho.
Mas eis que, como num roteiro cuidadosamente escrito pelo destino, é justamente o Sport que entra em cena para resgatar o jogador. Ironia? Talvez. Foi no Rubro-Negro, em 2013, que Lucas Lima começou a ganhar os holofotes. Agora, em 2024, Recife novamente se torna palco de sua reinvenção. E que volta por cima. É o principal armador do time, liderando assistências e grandes chances criadas na Série B.
Mesmo nos momentos ruins, o que mais ouvi, e mesmo falei em conversas informais, é que Lucas Lima é um jogador diferente. Ele tem ferramentas de trabalho que não são comuns na média do atleta do futebol brasileiro. Talvez fosse o contraste entre seu estilo e as novas exigências do futebol moderno — mais físico, mais intenso. Um jogador como ele, que depende tanto da sutileza dos passes e da leitura de jogo, parecia deslocado nesse novo cenário. Parecia.
No Sport, Lima não tem deixado a desejar em nenhum quesito. Corre por todos os lados do campo, mostrando uma intensidade que há muito não se via da parte dele. E conduz com maestria a meia cancha, como fez recentemente diante do Ceará.
O meia retornou ao Leão da Ilha 11 anos depois da primeira e emblemática passagem. A versão 2024 de Lucas Lima é experiente, encorpada, harmonizada, um quê de galã, famoso, endinheirado. Mas o que ficou igual no comparativo com 2013 é o futebol de alto nível. Bom para o Sport, bom para o jogador. O final pode ser o mesmo também, e tudo indica que sim, com o Rubro-Negro de volta à divisão de elite.
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