Ceará já encara clima de desconfiança e pessimismo após dois jogos em 2025
Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Ceará já encara clima de desconfiança e pessimismo após dois jogos em 2025
Os primeiros 180 minutos de futebol foram decepcionantes? Sem dúvida. No entanto, é preciso ponderar o contexto de início de temporada e o entrosamento de um elenco bastante reformulado
A desconfiança e a insatisfação já rondam Porangabuçu neste começo de 2025. Após dois jogos disputados – uma vitória contra o Tirol e uma derrota diante do Náutico –, o Ceará deixou péssima impressão em campo e começa a sentir a pressão da torcida.
Os primeiros 180 minutos de futebol foram decepcionantes? Sem dúvida. No entanto, é preciso ponderar o contexto de início de temporada e o entrosamento de um elenco bastante reformulado após o acesso para a Série A.
A insatisfação do torcedor é compreensível. É normal. O apaixonado pelo clube sempre quer resultado rápido, é imediatista. Para muitos, argumentos como falta de entrosamento ou período de adaptação não atenuam a frustração.
O cenário de "terra arrasada" que começa a se desenhar em Porangabuçu soa exagerado. Somada à insatisfação do torcedor, as próprias falas de personagens alvinegros corroboram com a projeção negativa. Parece até que o Vovô está afundado na zona de rebaixamento da Série A.
"Temos que juntar os cacos, trabalhar bem nesses dois dias e recuperar a equipe para que a gente possa chegar no domingo em boas condições", comentou o técnico Léo Condé após a derrota por 1 a 0 para o Náutico.
"Vamos corrigir os erros e ver o que está certo, quando se perde também tem coisas positivas. O importante é ter a cabeça no lugar", afirmou Pedro Henrique, atacante do Vovô.
Atuação decepcionante contra o Náutico
A derrota para o Náutico, equipe que disputará a Série C nesta temporada e vinha de atuações apagadas, acendeu o sinal de alerta para o clássico contra o Ferroviário pelo Campeonato Cearense. Nada funcionou no Recife.
O sistema defensivo, exposto e vulnerável, facilitou as investidas do Timbu. No meio de campo, a criatividade foi nula, e no ataque, faltou agressividade e conexão entre os setores. Durante os 90 minutos, o Ceará foi dominado, incapaz de impor qualquer resistência efetiva.
O Náutico encurralou o Ceará em 90 minutos de bola rolando. Léo Condé tentou consertar a equipe na segunda etapa, modificando o esquema de 4-3-3 para 3-5-2, mas não houve efeito prático. O time seguiu em baixa.
Além do desempenho coletivo decepcionante, algumas atuações individuais já se tornaram alvos de críticas mais contundentes da torcida. O goleiro Keiller é o principal foco. Nos dois jogos iniciais, o arqueiro tem demonstrado insegurança, o que agrava a sensação de instabilidade defensiva.
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