Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
O desempenho do time foi bem diferente do apresentado nos três jogos anteriores contra Moto Club, Horizonte e Cariri
Não fosse a jogada individual de Marinho, que saiu do banco de reservas para balançar as redes e decidir o jogo contra o Maracanã, o Fortaleza teria ficado no 0 a 0 diante de um rival frágil no Campeonato Cearense. Na noite dessa quinta-feira, 30, no estádio Presidente Vargas, o Leão frustrou quem esperava uma goleada sobre mais um adversário, especialmente após a vitória acachapante por 7 a 0 sobre o Cariri.
Diante desse histórico recente, é compreensível a expectativa da torcida tricolor neste início de temporada. No entanto, o desempenho do time foi bem diferente do apresentado nos três jogos anteriores contra Moto Club, Horizonte e Cariri.
Nos 90 minutos contra o Maracanã, o Fortaleza dominou a posse de bola, mas sem agressividade. A equipe teve dificuldades para criar chances claras e quase não exigiu defesas do goleiro adversário na primeira etapa.
Vale lembrar que o time que foi a campo era formado majoritariamente por reservas. Com o Maracanã totalmente recuado, formando linhas baixas e, em alguns momentos, até seis jogadores posicionados à frente do goleiro, o Tricolor teve dificuldades para infiltrar. A lentidão na troca de passes prejudicou qualquer investida mais perigosa.
A presença de Pedro Augusto, um volante de características mais defensivas, tornou-se obsoleta diante de um adversário que não oferecia perigo ofensivo. Sua escalação acabou enfraquecendo o poder de criação do Fortaleza.
Contra um oponente tão recuado, é essencial quebrar as linhas de marcação com passes rápidos, triangulações e movimentação. Outra alternativa é a jogada individual. No corredor direito, Tinga pouco contribuiu com avanços na linha de fundo, enquanto Pikachu não conseguiu acelerar o jogo com dribles.
Diante desse cenário, o Fortaleza ficou encaixotado na marcação bem postada do Maracanã, comandado pelo técnico Júnior Cearense.
No segundo tempo, o Tricolor voltou sem alterações e manteve a atuação morosa. O Maracanã, inclusive, teve a melhor chance da partida até então, em um lance cara a cara com João Ricardo, que fez grande defesa e evitou o pior.
O jogo começou a mudar quando Vojvoda decidiu acionar os titulares. Marinho, Lucero e Pol Fernández entraram em campo, e com pouco tempo, a equipe cresceu e passou a encontrar espaços na defesa adversária.
Marinho, em jogada pela ponta direita, fintou marcadores, puxou para dentro e bateu forte de canhota. A bola encontrou as redes do Maracanã e garantiu a vitória para o Leão.
Calebe, titular durante os 90 minutos, teve a chance de ampliar em um rebote dentro da área, mas desperdiçou. O camisa 10 não conseguiu aproveitar a oportunidade dada por Vojvoda.
Outra chance clara foi com o colombiano Dylan Borrero, que, dentro da área, finalizou por cima de forma inacreditável, evidenciando a falta de "cacoete" de centroavante.
Na prática, o Fortaleza teve apenas 20 minutos aceitáveis na partida. Sem descanso, a equipe já volta a campo neste sábado, 1, contra o Floresta. Como na terça-feira tem duelo contra o Sport, o primeiro grande teste da temporada, é provável que Vojvoda faça uma mescla, utilizando jogadores da base e poupando os principais atletas.
Ôpa! Tenho mais informações pra você. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.