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O Clássico-Rei da final que pedi aos deuses do futebol
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi

Lucas Mota esportes

O Clássico-Rei da final que pedi aos deuses do futebol

Aos deuses do futebol, que vão virar a noite matutando o desfecho do Clássico-Rei decisivo do Estadual 2025, tenho um pedido: botem muita emoção, por favor
FORTALEZA, CEARÁ,  BRASIL- 15.03.2025: Marinho e Aylon. Fortaleza x Ceará.  Clássico Rei na Arena Castelão. Primeiro jogo da final do Campeonato Cearense. (Foto: Aurélio Alves/OPOVO) (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL- 15.03.2025: Marinho e Aylon. Fortaleza x Ceará. Clássico Rei na Arena Castelão. Primeiro jogo da final do Campeonato Cearense. (Foto: Aurélio Alves/OPOVO)

Empate, jogo moroso, muitas faltas? Nem de brincadeira projeta isso. Clássico-Rei bom é aquele que se desenrola à altura da expectativa. Tem de ter bola na rede. Gritos de euforia, comemoração, abraços em desconhecidos, torcedores pulando.

Aos deuses do futebol, que vão virar a noite matutando o desfecho do Clássico-Rei decisivo do Estadual 2025, tenho um pedido: botem muita emoção, por favor. Aquele tipo de aflição que faz a gente roer as unhas, que rende assunto na roda de conversa a semana inteira. Bola explodindo na trave, goleiro fazendo milagre, zagueiro tirando em cima da linha.

Gol chorado, gol sorrateiro, gol de placa. Não importa, quero ver a bola estufando a rede. Que o novo maior campeão do Estado alcance a hegemonia com uma ótima história para contar em 2025. Melhor ainda se o herói da decisão for um craque que drible o zagueiro rival e ponha a pelota no barbante com requinte de categoria, impondo ao arqueiro adversário um voo impossível para evitar o inevitável.

Um toque sutil por debaixo das pernas é pedir demais? E que o lance empolgue a ponto de entoar no Castelão uma vaia cearense eufórica. E olé na arquibancada no fim, só de zoação, quando tudo já estiver praticamente definido.

Qual mágico do espetáculo vai lançar um banho de cuia? Isso é o que faz brilhar os olhos do torcedor e encher de orgulho. O lance se tornará viral nas redes sociais. Repetido à exaustão.

A dominada no peito do meio-campista para amaciar a pelota e dar sequência à posse de bola. O balanço perfeito de um lado para o outro. Jogo bonito, fluindo pelos lados com triangulações, envolvendo o rival. É toma lá, dá cá. Ritmo intenso, ninguém tira o pé na dividida. Energia inesgotável para o pique em busca da "segunda bola".

A ginga de corpo para enganar. O pé por cima da redonda para ludibriar. Que os deuses do futebol tenham um tempinho extra e uma atenção especial para mandarem uma chuva de dribles no Clássico-Rei.

Polêmica de arbitragem? Ah, isso aí pode ficar de fora. Embora pareça quase inevitável quando se trata de Clássico-Rei.

A tensão e o clima quente da rivalidade, assim espero, podem ficar restritos às quatro linhas do tapete do Gigante da Boa Vista. Provocação saudável com o rival vale, tudo na resenha, na amizade.

Já a violência pode ficar trancafiada. Amor e harmonia nas arquibancadas. Que todos os envolvidos saibam encarar com maturidade os sentimentos de alegria e tristeza do pós-clássico.

Foto do Lucas Mota

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