Colo-Colo x Fortaleza acirra café da praça: pão na chapa, provocação e "chibata" nos chilenos
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Lucas Mota é editor-chefe de Esportes do O POVO e da rádio O POVO CBN. Estudou jornalismo na Universidade 7 de Setembro e na Universidad de Málaga (UMA). Ganhou o Prêmio CDL de Comunicação na categoria Webjornalismo e o Prêmio Gandhi de Comunicação na categoria Jornalismo Impresso, e ficou em 2º lugar no Prêmio Nacional de Jornalismo Rui Bianchi
Colo-Colo x Fortaleza acirra café da praça: pão na chapa, provocação e "chibata" nos chilenos
Duelo entre Colo-Colo e Fortaleza pela Libertadores é assunto em um café raiz de praça
Foto: Bruno Oliveira/Fortaleza EC
Yago Pikachu no jogo Colo-Colo x Fortaleza, no estádio Monumental David Arellano, pela Copa Libertadores
Faço tudo muito rápido nesta manhã. Preparo o lanche, arrumo a lancheira e deixo meu filho pronto em tempo recorde. Saio correndo para levá-lo à escola — é dia de prova. Com tanta correria, não consigo nem tomar o café. Mas tudo bem: vou direto ao carrinho do Valdir, na praça próxima ao jornal.
Depois de deixar meu filho, sigo para o ponto de sempre. O café do Valdir é raiz: um estabelecimento improvisado, com cadeirinhas de plástico enfileiradas no chão da praça. A prosa ali é sempre futebol. E o assunto do dia, claro, é o jogo desta quinta-feira, 10, entre Colo-Colo e Fortaleza.
Logo descubro que Valdir é torcedor fanático do Fortaleza. Não importa se o time vive um momento delicado, dentro e fora de campo. Um torcedor do calibre de Valdir não expõe feridas, mágoas ou descontentamentos. Jamais dará munição para o inimigo, sob nenhuma hipótese. A verdade dele é a que importa.
Enquanto prepara meu pedido na chapa — um "americano" com ovo, presunto, queijo e verduras —, Valdir já decreta, em direção aos clientes mais íntimos que merendam por ali: — O Fortaleza tá bem, sim!
A clientela devolve em deboche: — Vai ser 5 a 1 pro Colo-Colo! Outro emenda: — Vou ser bonzinho: 4 a 0 pro Colo-Colo! — e arranca risadas.
Valdir não dá o braço a torcer. Para ele, o Colo-Colo está longe de bater de frente com o Tricolor de Aço. Ouvir uma afronta dessas logo cedo e deixar barato? Nunca.
O amor de Valdir pelo Fortaleza exige resposta. Ele estufa o peito, aponta a espátula como quem empunha uma bandeira e promete: — O Leão vai meter a chibata nesse tal de Colo-Colo!
Logo em seguida, com um sorriso no canto da boca, ele me entrega o sanduíche.
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